Afinal, a exposição vai estar na Gulbenkian mais uma semana!
Consegui fazer uma nova visita, agora com o marido e filhos.
Todos gostaram.
Aos mais pequenos, e porque a exposição não está montada para eles, pedi que se aproximassem das caixas dos heterónimos (os outros eus do Pessoa) e ouvissem atentamente.
Descobriram o som de pássaros e da natureza. Pois bem, lá lhes disse que aquele eu gostava de escrever sobre a natureza. E, então, entrámos no casulo (como os monitores da exposição denominam aquelas caixas) e lemos um poema.
O meu olhar é nítido como um girassol.
Depois, noutro casulo, ouviram um som que pareciam tachos. Não, não eram tachos, eram máquinas. Pois este heterónimo gosta de escrever sobre este tema.
Ah, poder exprimir-me todo como um motor se exprime!
Ser completo como uma máquina!
Enfim. Lá fomos explorando cada secção. Adoraram ainda a sala dos espelhos onde se puderam ver múltiplos.
Mas a parte melhor, verdade seja dita, foi a descoberta da arca! Mais de 25000 documentos saíram dela. Imenso! - disseram eles.
Aqui fica o desenho feito por ele.
Confesso que adoro a fechadura. Enorme. Dá mesmo vontade de espreitar para dentro do baú!
Ana Soares
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