A Bárbara comenta o ano 2012 do ponto de vista da educação.
Espreite aqui, no site do Público.
domingo, 30 de dezembro de 2012
sábado, 29 de dezembro de 2012
Nadine Gordimer lê conto de Saramago
Foi o Público que me mostrou esta notícia: Nadine Gordimer lê o conto "Centauro" de Saramago para podcast do The Guardian.
Pode ouvir o texto aqui.
Bom fim de semana.
Pode ouvir o texto aqui.
Bom fim de semana.
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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Coisas que podemos fazer com os livros - II
Podemos fazer ovos! Com as páginas dos livros que não têm nada para ver, mexemo-las e inventamos uma nova história com esta omoleta.
I e J
I e J
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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
Coisas que podemos fazer com os livros - I
Podemos fazer uma tenda com um livro!
A tenda serve para brincarmos lá dentro com bonecos e depois nós escondemo-nos à sombra das suas histórias.
I e J (5 e 9 anos)
A tenda serve para brincarmos lá dentro com bonecos e depois nós escondemo-nos à sombra das suas histórias.
I e J (5 e 9 anos)
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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
domingo, 23 de dezembro de 2012
Poema do Menino Jesus, de Alberto Caeiro
Num meio-dia de fim de Primavera
Tive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.
(...)
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz ao braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras aos burros,
Rouba a fruta dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
(...)
A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as coisas.
Aponta-me todas as coisas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão
E olha devagar para elas.
(...)
Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.
Ele é o humano que é natural.
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.
(...)
A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena.
A Criança Eterna acompanha-me sempre.
A direcção do meu olhar é o seu dedo apontado.
O meu ouvido atento alegremente a todos os sons
São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.
Damo-nos tão bem um com o outro
Na companhia de tudo
Que nunca pensamos um no outro,
Mas vivemos juntos e dois
Com um acordo íntimo
Como a mão direita e a esquerda.
Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas
No degrau da porta de casa,
Graves como convém a um deus e a um poeta,
E como se cada pedra
Fosse todo o universo
E fosse por isso um grande perigo para ela
Deixá-la cair no chão.
Depois eu conto-lhe histórias das coisas só dos homens
E ele sorri porque tudo é incrível.
Ri dos reis e dos que não são reis,
E tem pena de ouvir falar das guerras,
E dos comércios, e dos navios
Que ficam fumo no ar dos altos mares.
Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade
Que uma flor tem ao florescer
E que anda com a luz do Sol
A variar os montes e os vales
E a fazer doer aos olhos dos muros caiados.
Depois ele adormece e eu deito-o.
Levo-o ao colo para dentro de casa
E deito-o, despindo-o lentamente
E como seguindo um ritual muito limpo
E todo materno até ele estar nu.
Ele dorme dentro da minha alma
E às vezes acorda de noite
E brinca com os meus sonhos.
Vira uns de pernas para o ar,
Põe uns em cima dos outros
E bate palmas sozinho
Sorrindo para o meu sono.
Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é.
Esta é a história do meu Menino Jesus.
Por que razão que se perceba
Não há-de ser ela mais verdadeira
Que tudo quanto os filósofos pensam
E tudo quanto as religiões ensinam ?
Tive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.
(...)
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz ao braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras aos burros,
Rouba a fruta dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
(...)
A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as coisas.
Aponta-me todas as coisas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão
E olha devagar para elas.
(...)
Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.
Ele é o humano que é natural.
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.
(...)
A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena.
A Criança Eterna acompanha-me sempre.
A direcção do meu olhar é o seu dedo apontado.
O meu ouvido atento alegremente a todos os sons
São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.
Damo-nos tão bem um com o outro
Na companhia de tudo
Que nunca pensamos um no outro,
Mas vivemos juntos e dois
Com um acordo íntimo
Como a mão direita e a esquerda.
Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas
No degrau da porta de casa,
Graves como convém a um deus e a um poeta,
E como se cada pedra
Fosse todo o universo
E fosse por isso um grande perigo para ela
Deixá-la cair no chão.
Depois eu conto-lhe histórias das coisas só dos homens
E ele sorri porque tudo é incrível.
Ri dos reis e dos que não são reis,
E tem pena de ouvir falar das guerras,
E dos comércios, e dos navios
Que ficam fumo no ar dos altos mares.
Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade
Que uma flor tem ao florescer
E que anda com a luz do Sol
A variar os montes e os vales
E a fazer doer aos olhos dos muros caiados.
Depois ele adormece e eu deito-o.
Levo-o ao colo para dentro de casa
E deito-o, despindo-o lentamente
E como seguindo um ritual muito limpo
E todo materno até ele estar nu.
Ele dorme dentro da minha alma
E às vezes acorda de noite
E brinca com os meus sonhos.
Vira uns de pernas para o ar,
Põe uns em cima dos outros
E bate palmas sozinho
Sorrindo para o meu sono.
Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é.
Esta é a história do meu Menino Jesus.
Por que razão que se perceba
Não há-de ser ela mais verdadeira
Que tudo quanto os filósofos pensam
E tudo quanto as religiões ensinam ?
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poesia
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Livros digitais
À distância de um click, temos neste site excelentes textos, em versões integrais, para ler e ver com as nossas crianças nestas férias de Natal.
Faça as suas escolhas aqui.
Eu recomendo este, O Pássaro da cabeça, do António Pina.
Faça as suas escolhas aqui.
Eu recomendo este, O Pássaro da cabeça, do António Pina.
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livros digitais
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
Dilma Rousseff, o Brasil e o Acordo Ortográfico
Parece que a aplicação vai ser adiada... E por cá?
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acordo ortográfico
Calendário de aplicação das novas metas curriculares
Pode ler aqui , no Despacho n.º 15971/2012, o calendário de aplicação das novas metas curriculares.
Artº 3º
Regime transitório
1 — As provas finais nacionais de Português a realizar pelos alunos dos 4.º e 9.º anos, em 2012 -2013, e pelos alunos do 6.º ano, em 2012-2013 e em 2013 -2014, mantêm como referência os programas em vigor, aplicando-se supletivamente as Metas Curriculares de Português.
2 — As provas finais nacionais de Matemática, a realizar pelos alunos dos 4.º, 6.º e 9.º anos, em 2012-2013 e em 2013 -2014, mantêm como referência os Programas em vigor, aplicando -se supletivamente as Metas Curriculares de Matemática.
3 — Para efeitos de realização das provas finais, entende-se por aplicação supletiva das Metas Curriculares a sua utilização na medida em que esclarecem e priorizam os diversos objetivos dos programas, sem entrar em conflito com estes.
4 — Nos exames nacionais a realizar por alunos do ensino secundário que não iniciaram este nível de ensino tendo as Metas Curriculares como referência obrigatória, estas devem ser utilizadas apenas na medida em que esclarecem e priorizam os diversos objetivos dos programas, sem entrar em conflito com estes.
Artº 3º
Regime transitório
1 — As provas finais nacionais de Português a realizar pelos alunos dos 4.º e 9.º anos, em 2012 -2013, e pelos alunos do 6.º ano, em 2012-2013 e em 2013 -2014, mantêm como referência os programas em vigor, aplicando-se supletivamente as Metas Curriculares de Português.
2 — As provas finais nacionais de Matemática, a realizar pelos alunos dos 4.º, 6.º e 9.º anos, em 2012-2013 e em 2013 -2014, mantêm como referência os Programas em vigor, aplicando -se supletivamente as Metas Curriculares de Matemática.
3 — Para efeitos de realização das provas finais, entende-se por aplicação supletiva das Metas Curriculares a sua utilização na medida em que esclarecem e priorizam os diversos objetivos dos programas, sem entrar em conflito com estes.
4 — Nos exames nacionais a realizar por alunos do ensino secundário que não iniciaram este nível de ensino tendo as Metas Curriculares como referência obrigatória, estas devem ser utilizadas apenas na medida em que esclarecem e priorizam os diversos objetivos dos programas, sem entrar em conflito com estes.
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metas
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Metas a longo prazo
"Despacho de Nuno Crato confirma que em 2013 será homologado novo pacote
de metas, que abrangerá também disciplinas do ensino secundário.", diz o Público.
O referido despacho apresenta ainda o calendário de aplicação das Metas, sendo que a sua aplicação pelos exames nacionais não acontecerá antes do ano letivo 2014/15. Entretanto, está ainda prevista a elaboração de Metas para as restantes disciplinas, incluindo as do secundário. Enfim, um projeto a longo prazo no qual ninguém acredita muito, nomeadamente as associações de professores de Português e Matemática que elaboraram em agosto último pareceres que colocam em causa estas mesmas metas.
O referido despacho apresenta ainda o calendário de aplicação das Metas, sendo que a sua aplicação pelos exames nacionais não acontecerá antes do ano letivo 2014/15. Entretanto, está ainda prevista a elaboração de Metas para as restantes disciplinas, incluindo as do secundário. Enfim, um projeto a longo prazo no qual ninguém acredita muito, nomeadamente as associações de professores de Português e Matemática que elaboraram em agosto último pareceres que colocam em causa estas mesmas metas.
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metas
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
40 horas?
Segundo o Público, "Nesta terça-feira, em Berlim, Nuno Crato não confirmou, mas também não desmentiu, a notícia do Diário Económico,
segundo a qual o Governo se prepara para aumentar o horário lectivo dos
docentes, na sequência do aumento do horário de trabalho dos
trabalhadores da Função Pública das 35 para as 40 horas semanais.". Estará o governo a auscultar, desta forma, a opinião pública? A atirar barro à parede e ver como reagem professores, pais, sindicatos?
Aguardemos para perceber como serão também os professores afetados pelas mudanças nos horários dos trabalhadores da função pública.
Aguardemos para perceber como serão também os professores afetados pelas mudanças nos horários dos trabalhadores da função pública.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
"Uma coleção para explicar os santos que dão nome a fortes, estações, castelos e elevadores"
Até 2015, vão ser publicados 12 volumes da coleção Santos e Milagres da Idade Média. Descubra o novo projeto da autoria de vários investigadores do Centro de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (CEC/FLUL) aqui. Leia a notícia do Público sobre a coleção aqui
sábado, 8 de dezembro de 2012
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Acordo ortográfico adiado no Brasil
No Brasil, só em 2016 o acordo ortográfico será obrigatório.
Até lá, espera-se a revisão do mesmo, conforme notícia do Público.
Até lá, espera-se a revisão do mesmo, conforme notícia do Público.
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acordo ortográfico
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Fim dos planos de recuperação nos alunos no ensino básico
Desburocratizar? Parece-me bem o princípio. Vamos ver como se operacionaliza. Para já, temos a notícia divulgada ao longo de todo o dia pela comunicação social. Aqui fica o link para o Público.
Entre outras novidades, destaco o facto dos alunos poderem solicitar um certificado dos seus resultados, documento este que deve discriminar "todas as actividades extracurriculares desenvolvidas pelo aluno, designadamente as realizadas no âmbito de acções de voluntariado".
Portugal Hoje - a não perder na RTP1
"4" é uma minissérie de 4 telefilmes independentes entre si, mas ligados pelo tema comum "Portugal Hoje".
Estreia esta quinta, às 22h15, na RTP1
Quatro
escritores, representativos da nova geração, aceitaram o desafio e
escreveram livremente, individualmente, uma história que representa a
sua visão de autor sobre o Portugal contemporâneo.
José Luís Peixoto
escreveu "Entre as Mulheres", Pedro Mexia o "Bloqueio", João Tordo a
"Crónica de uma Revolução Anunciada”" e Valter Hugo Mãe escreveu "A
Morte dos Tolos".
A realização está a cargo de Henrique Oliveira,
responsável por alguns dos programas de sucesso da RTP como "Claxon",
"Major Alvega" e, recentemente, "O Segredo de Miguel Zuzarte", telefilme
nomeado para melhor ficção europeia de 2011 nos festivais de ficção
televisiva de La Rochelle e Prix Europe em Berlim.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Fábulas para todas as idades
"Nesta antologia, algumas das histórias mais antigas de África, depois de terem viajado ao longo dos séculos para lugares distantes, são devolvidas de nova voz às crianças de África. A presente recolha oferece uma mão cheia de contos de todos os tempos, verdadeiros retalhos de alma africana, mas ao mesmo tempo plenos de universalidade naquilo que retratam dos homens, dos animais e do mundo sobrenatural.
Nelson Mandela
A Alfaguara editou recentemente este fantástico livro, uma excelente prenda para miúdos e graúdos: As mais belas fábulas africanas - as histórias infantis preferidas de Nelson Mandela.
São 32 pequenas histórias de animais a lembrar os vícios, defeitos e enganos do ser humano, num claro convite à mudança. Com pequenas deliciosas ilustrações, encontramos neste livro as histórias selecionadas pelo Mandiba, embaixador da paz, perdão e solidariedade.
Um livro a cheirar a Natal!
Ana Soares
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
A não esquecer...
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casos,
citações,
guias para pais
Para um amigo tenho sempre um relógio
esquecido em qualquer fundo de algibeira.
Mas esse relógio não marca o tempo inútil.
São restos de tabaco e de ternura rápida.
É um arco-íris de sombra, quente e trémulo.
É um copo de vinho com o meu sangue e o sol.
António Ramos Rosa
esquecido em qualquer fundo de algibeira.
Mas esse relógio não marca o tempo inútil.
São restos de tabaco e de ternura rápida.
É um arco-íris de sombra, quente e trémulo.
É um copo de vinho com o meu sangue e o sol.
António Ramos Rosa
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poesia
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Kidstuff
É já no próximo fim de semana, na FIL.
E a coleção Olimpvs vai lá estar, no Cantinho dos Pais, promovendo a coleção, a leitura e a cultura clássica. Eu a a Bárbara estaremos presentes no sábado e no domingo às 11h e às 15h.
Se puder, não perca a oportunidade.
Mais informações no site oficial.
E a coleção Olimpvs vai lá estar, no Cantinho dos Pais, promovendo a coleção, a leitura e a cultura clássica. Eu a a Bárbara estaremos presentes no sábado e no domingo às 11h e às 15h.
Se puder, não perca a oportunidade.
Mais informações no site oficial.
domingo, 2 de dezembro de 2012
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
La luna
Quando fomos ver o filme Brave, fomos brindados no início com esta maravilhosa animação. É sobre sonhos, afetos, encontros entre gerações e magia. A não perder.São 6 minutos que, no nosso dia a dia, correrias e desencontros, nos lembram do que é verdadeiramente importante .
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Passos Coelho e as taxas no secundário
A leviandade com que Pedro Passos Coelho fala das prestações sociais é assustadora.
Para o primeiro-ministro, o peso da Segurança Social, Saúde e Educação na despesa do Estado resolvem-se com uma de duas maneiras: ou se privatiza ou se pede ao cidadão que pague.
Passos Coelho esqueceu-se do óbvio? Que todos pagamos e pagamos cada vez mais e ainda vamos pagar mais em Janeiro? Esqueceu-se daquela coisa chamada impostos que, repito, pagamos e pagamos cada vez mais? Pagamos como os nórdicos, mas somos tratados como se estivessemos sempre em dívida, ou então como se fossemos uns esbanjadores.
As prestações sociais são um dever do Estado e um direito dos cidadãos.
Atenção que eu não me importo de pagar a escola pública, o hospital público e fazer PPR se deixar de pagar impostos. Mas dêem-me essa opção! Agora não me peçam para pagar impostos e pagar taxas moderadoras na escola e no hospital.
O que mais me preocupa é a falta de visão. Se actualmente menos pessoas vão ao hospital por causa das taxas, o que é que Pedro Passos Coelho pensa que vai acontecer se taxar a escola? Se estão a chegar à escola 13 mil crianças com fome, o que vai acontecer quando os pais tiverem de pagar uma propina? Se há alunos do ensino superior a desistir, o que vai acontecer no secundário? É desinvestindo na Educação que vamos sair da crise?
O que é que se passa com esta gente? Porque estão tão apostados no retrocesso civilizacional?
BW
Para o primeiro-ministro, o peso da Segurança Social, Saúde e Educação na despesa do Estado resolvem-se com uma de duas maneiras: ou se privatiza ou se pede ao cidadão que pague.
Passos Coelho esqueceu-se do óbvio? Que todos pagamos e pagamos cada vez mais e ainda vamos pagar mais em Janeiro? Esqueceu-se daquela coisa chamada impostos que, repito, pagamos e pagamos cada vez mais? Pagamos como os nórdicos, mas somos tratados como se estivessemos sempre em dívida, ou então como se fossemos uns esbanjadores.
As prestações sociais são um dever do Estado e um direito dos cidadãos.
Atenção que eu não me importo de pagar a escola pública, o hospital público e fazer PPR se deixar de pagar impostos. Mas dêem-me essa opção! Agora não me peçam para pagar impostos e pagar taxas moderadoras na escola e no hospital.
O que mais me preocupa é a falta de visão. Se actualmente menos pessoas vão ao hospital por causa das taxas, o que é que Pedro Passos Coelho pensa que vai acontecer se taxar a escola? Se estão a chegar à escola 13 mil crianças com fome, o que vai acontecer quando os pais tiverem de pagar uma propina? Se há alunos do ensino superior a desistir, o que vai acontecer no secundário? É desinvestindo na Educação que vamos sair da crise?
O que é que se passa com esta gente? Porque estão tão apostados no retrocesso civilizacional?
BW
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quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Amar um livro é pedir-lhe que seja sempre nosso, assim, como um amor que
se conserva para repetir ou reaprender. Como poderemos jurar fidelidade
a um texto que se desliga? Valter Hugo MãeLeia a crónica integralmente aqui
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terça-feira, 27 de novembro de 2012
Valter Hugo Mãe
Valter Hugo Mãe é o grande vencedor da 10.ª edição do Prémio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa.Leia a notícia aqui.
Recorde a nossa opinião sobre o livro O filho de mil homens ou o episódio em que o autor comoveu os nossos irmãos brasileiros.
Recorde a nossa opinião sobre o livro O filho de mil homens ou o episódio em que o autor comoveu os nossos irmãos brasileiros.
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Pais coragem ou pais loucos?
É-se mais corajoso em 2012 ou em 1975 ou em 1997? É preciso sempre ter uma grande dose de coragem e de loucura para se decidir e ter um filho, seja qual for o ano. O PÚBLICO lançou o desafio e chegou quase uma centena de respostas de pais entusiasmados, felizes, mas também assustados com a decisão que tomaram. Fosse o primeiro filho, o segundo ou o quarto.
Há pais que se atormentam porque nem sempre podem comprar o que desejam; há pais que contam os cêntimos, que recuperaram as toalhitas mesmo de pano e não têm dodots. Há pais coragem que fazem das tripas coração, alguns têm medo, mas não se arrependem, nunca, quando olham para os rostos dos seus filhos.
BW
Há pais que se atormentam porque nem sempre podem comprar o que desejam; há pais que contam os cêntimos, que recuperaram as toalhitas mesmo de pano e não têm dodots. Há pais coragem que fazem das tripas coração, alguns têm medo, mas não se arrependem, nunca, quando olham para os rostos dos seus filhos.
BW
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casos
domingo, 25 de novembro de 2012
O som da cores
um livro onde as crianças surdas vêem e as crianças cegas ouvem.
Um projeto inédito no mercado editorial português, que vale a pena descobrir aqui:
MÃOS DE ENCANTAR é o nome escolhido para a coleção de livros infantis assinada por Paula Teixeira.
"O Som das Cores" é a primeira história desta coleção, e é ela própria um hino à inclusão. Um livro onde os personagens das ilustrações fazem língua gestual portuguesa (LGP) e que contém os abecedários em LGP e em Braile, para as crianças aprenderem a falar com as mãos e a escrever picotando numa língua diferente. Inclui ainda um DVD lúdico-pedagógico, com o videoclip da música original feita a partir da história. O DVD é também audiobook, pois a história é contada em LGP e sonorizada.
Um projeto inédito no mercado editorial português, que vale a pena descobrir aqui:
MÃOS DE ENCANTAR é o nome escolhido para a coleção de livros infantis assinada por Paula Teixeira.
"O Som das Cores" é a primeira história desta coleção, e é ela própria um hino à inclusão. Um livro onde os personagens das ilustrações fazem língua gestual portuguesa (LGP) e que contém os abecedários em LGP e em Braile, para as crianças aprenderem a falar com as mãos e a escrever picotando numa língua diferente. Inclui ainda um DVD lúdico-pedagógico, com o videoclip da música original feita a partir da história. O DVD é também audiobook, pois a história é contada em LGP e sonorizada.
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Porque devem os pais pôr os filhos a chorar?
Convidado por associações que defendem a família, Gordon Neufeld – psicólogo clínico canadiano e autor do livro Hold on to your kids – só podia fazer uma coisa: defender a família. Mas o discurso de o Estado querer substituir a família e querer educar os nossos filhos parece-me ultrapassado e pouco verdadeiro.
Na vida de todos os dias, sabemos que o Estado está, cada vez menos, preocupado connosco, sejamos crianças, pais, avós ou bisavós; sejamos pobres ou ricos. O Estado quer é ter cada vez menos preocupações connosco. Por isso, Neufeld e todas as associações de família podem descansar porque o Estado não quer os nossos filhos, só quer o nosso dinheiro!
Extraindo o discurso político ouvido, fica o essencial e esse é importante e, como dizia o orador, não é nada que nós não saibamos, só está mais estruturado!
BW
Na vida de todos os dias, sabemos que o Estado está, cada vez menos, preocupado connosco, sejamos crianças, pais, avós ou bisavós; sejamos pobres ou ricos. O Estado quer é ter cada vez menos preocupações connosco. Por isso, Neufeld e todas as associações de família podem descansar porque o Estado não quer os nossos filhos, só quer o nosso dinheiro!
Extraindo o discurso político ouvido, fica o essencial e esse é importante e, como dizia o orador, não é nada que nós não saibamos, só está mais estruturado!
BW
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terça-feira, 20 de novembro de 2012
Ainda o lançamento do volume "No mundo dos mortos"
A Bárbara já fez um resumo perfeito da emoção que foi estar junto aos nossos leitores, ouvir as suas opiniões, responder às suas curiosidades. Por isso, deixo em lugar de palavras algumas imagens do lançamento do volume três da coleção Olimpvs.net, No Mundo dos Mortos, que decorreu no Colégio do Sagrado Coração de Maria de Lisboa, que tão bem nos acolheu.
da esquerda para a direita:
da esquerda para a direita:
Sara Gomes, editora; Patrícia Furtado, ilustradora; Cristina Pimentel, da Faculdade de Letras; Daniela Santos, do Colégio do Sagrado Coração de Maria; Bárbara e Ana
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
É fantástico falar com os leitores!
O lançamento do volume três do Olimpvs.net correu muitíssimo bem!
Aconteceu esta tarde no Colégio do Sagrado Coração de Maria, em Lisboa.
O grande auditório estava cheio, cerca de 300 alunos dos 4.º, 5.º e 6.º anos.
Depois de a directora Margarida Marrucho nos dar as boas vindas e falar sobre a importância da leitura, de como os livros podem ser mágicos, foi a vez da editora Sara Gomes lembrar como tem sido fantástica esta aventura de escrevermos para os mais novos e de apresentar a ilustradora Patrícia Furtado - momento em que a plateia delirou por ver ali a pessoa que FAZ os desenhos!
De seguida, foi a vez de Cristina Pimentel, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, falar sobre a importância de duas heranças culturais - a Bíblia e a mitologia clássica. E, perante aquela plateia de rapazes e raparigas dos 9 aos 11 anos, que a ouvia muito calada, explicou-lhes que "Nike", a marca das sapatilhas é a deusa Vitória - e os olhinhos deles brilhavam com a 'descoberta' -, depois falou dos esquentadores "Vulcano", das sapatarias "Hera", dos nomes dos planetas e de como tudo à nossa volta tem génese na mitologia grega e romana!
E, por fim, eu e a Ana apresentámos a colecção. E é impressionante como eles estavam calados e atentos! E sabem coisas fantásticas quando lhes são perguntadas - que a cidade de Ulisses é Ítaca, que o "v" se lê "u" em latim...
Houve lugar a uma surpresa que os fez levantar do lugar e virar as cadeiras e, por momentos, parecia que passava por ali um tornado! Imaginam 300 alunos a levantarem-se e a revirar as cadeiras ao mesmo tempo?
As perguntas, os comentários, a necessidade de sentirem uma ligação connosco é fabulosa!
"Conheces o M...?", pergunta uma miúda para a outra, enquanto espera que eu termine a dedicatória. O M. é meu sobrinho. "Acho que é a tia da E." Sim, eu sou a tia da E.
"Como se chama?", pergunto a uma garota de olhos grandes. "Bárbara", diz-me abrindo ainda mais os olhos, como quem diz "temos algo em comum". "Que nome tão raro, nunca tinha ouvido!" e ela felicíssima.
"Já leste o 1 e o 2?", pergunto a um miúdo que me apresenta o 3 para assinar. "O 1 já li duas vezes, o 2 só uma... Nunca mais chegava o 3", justifica. Minutos depois, regressa: "Já escreveram o 4? Como é que se vai chamar?"
Já no final, depois de 50 minutos a assinar livros, aparecem três alunas, debruçam-se sobre a mesa e ficam a olhar para nós. Ali estão as autoras, tão perto delas. Trocamos meia dúzia de palavras e, segundos depois, abandonam o seu posto e vão às suas vidas, felizes.
Maravilhoso.
BW
PS: Obrigada ao CSCM, ao seu corpo docente e não docente dedicadíssimo, à professora Cristina Pimentel e à Alfaguara para acreditarem neste projecto!
Aconteceu esta tarde no Colégio do Sagrado Coração de Maria, em Lisboa.
O grande auditório estava cheio, cerca de 300 alunos dos 4.º, 5.º e 6.º anos.
Depois de a directora Margarida Marrucho nos dar as boas vindas e falar sobre a importância da leitura, de como os livros podem ser mágicos, foi a vez da editora Sara Gomes lembrar como tem sido fantástica esta aventura de escrevermos para os mais novos e de apresentar a ilustradora Patrícia Furtado - momento em que a plateia delirou por ver ali a pessoa que FAZ os desenhos!
De seguida, foi a vez de Cristina Pimentel, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, falar sobre a importância de duas heranças culturais - a Bíblia e a mitologia clássica. E, perante aquela plateia de rapazes e raparigas dos 9 aos 11 anos, que a ouvia muito calada, explicou-lhes que "Nike", a marca das sapatilhas é a deusa Vitória - e os olhinhos deles brilhavam com a 'descoberta' -, depois falou dos esquentadores "Vulcano", das sapatarias "Hera", dos nomes dos planetas e de como tudo à nossa volta tem génese na mitologia grega e romana!
E, por fim, eu e a Ana apresentámos a colecção. E é impressionante como eles estavam calados e atentos! E sabem coisas fantásticas quando lhes são perguntadas - que a cidade de Ulisses é Ítaca, que o "v" se lê "u" em latim...
Houve lugar a uma surpresa que os fez levantar do lugar e virar as cadeiras e, por momentos, parecia que passava por ali um tornado! Imaginam 300 alunos a levantarem-se e a revirar as cadeiras ao mesmo tempo?
As perguntas, os comentários, a necessidade de sentirem uma ligação connosco é fabulosa!
"Conheces o M...?", pergunta uma miúda para a outra, enquanto espera que eu termine a dedicatória. O M. é meu sobrinho. "Acho que é a tia da E." Sim, eu sou a tia da E.
"Como se chama?", pergunto a uma garota de olhos grandes. "Bárbara", diz-me abrindo ainda mais os olhos, como quem diz "temos algo em comum". "Que nome tão raro, nunca tinha ouvido!" e ela felicíssima.
"Já leste o 1 e o 2?", pergunto a um miúdo que me apresenta o 3 para assinar. "O 1 já li duas vezes, o 2 só uma... Nunca mais chegava o 3", justifica. Minutos depois, regressa: "Já escreveram o 4? Como é que se vai chamar?"
Já no final, depois de 50 minutos a assinar livros, aparecem três alunas, debruçam-se sobre a mesa e ficam a olhar para nós. Ali estão as autoras, tão perto delas. Trocamos meia dúzia de palavras e, segundos depois, abandonam o seu posto e vão às suas vidas, felizes.
Maravilhoso.
BW
PS: Obrigada ao CSCM, ao seu corpo docente e não docente dedicadíssimo, à professora Cristina Pimentel e à Alfaguara para acreditarem neste projecto!
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quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Estou indecisa quanto a este rapaz...
O corpo, os olhos, o cabelo revelam que é um miúdo. Talvez seja aquele que, esta manhã a jornalista da SIC Noticias dizia ser um menor que fará 16 anos daqui a uns dias. Não sei.
Sei que ontem à tarde, em frente à Assembleia da República, era dos mais activos. Apanhava as pedras, corria para a frente dos polícias e atirava-as e repetia, repetia, mostravam as imagens televisivas.
Nas redes sociais, o rapaz é condenado. Na mochila que traz às costas deve trazer um Ipad, um Iphone, um Iqualquer coisa – dizia alguém. Tem a cara tapada para a mãezinha não o ver, descansada que está ao pensar que ele está na escola – dizia outro alguém.
E eu olho para ele e sim, parece-me um miúdo de bem, daqueles que vão ao futebol e estão nas claques, e vão a concertos. Provavelmente esquecido e mal amado por pais licenciados, quadros superiores, demasiado ocupados a trabalhar para lhe oferecer os Itodos e férias na neve. Mas será?
E eu olho para ele e penso: o que leva um miúdo a pegar em pedras e a atirá-las contra polícias? Será que não sabe que deve respeitar os mais velhos e/ou a autoridade? Porque ninguém lhe deu limites, os estabeleceu? Porque foi deixado demasiado 'à-vontade' pelos pais, convencidos de que é um rapaz responsável? Porque a escola não o ensinou? Será que insulta os professores? Adormece nas aulas porque esteve toda a noite a jogar computador?
Será que as atira porque acredita realmente no anarquismo? Porque é um miúdo envolvido politicamente, interventivo, que acha que esta é a única maneira de lutar?
Ou, será que atira pedras porque sente que não há futuro?
BW
Sei que ontem à tarde, em frente à Assembleia da República, era dos mais activos. Apanhava as pedras, corria para a frente dos polícias e atirava-as e repetia, repetia, mostravam as imagens televisivas.
Nas redes sociais, o rapaz é condenado. Na mochila que traz às costas deve trazer um Ipad, um Iphone, um Iqualquer coisa – dizia alguém. Tem a cara tapada para a mãezinha não o ver, descansada que está ao pensar que ele está na escola – dizia outro alguém.
E eu olho para ele e sim, parece-me um miúdo de bem, daqueles que vão ao futebol e estão nas claques, e vão a concertos. Provavelmente esquecido e mal amado por pais licenciados, quadros superiores, demasiado ocupados a trabalhar para lhe oferecer os Itodos e férias na neve. Mas será?
E eu olho para ele e penso: o que leva um miúdo a pegar em pedras e a atirá-las contra polícias? Será que não sabe que deve respeitar os mais velhos e/ou a autoridade? Porque ninguém lhe deu limites, os estabeleceu? Porque foi deixado demasiado 'à-vontade' pelos pais, convencidos de que é um rapaz responsável? Porque a escola não o ensinou? Será que insulta os professores? Adormece nas aulas porque esteve toda a noite a jogar computador?
Será que as atira porque acredita realmente no anarquismo? Porque é um miúdo envolvido politicamente, interventivo, que acha que esta é a única maneira de lutar?
Ou, será que atira pedras porque sente que não há futuro?
BW
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quarta-feira, 14 de novembro de 2012
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Ainda Isabel Jonet: quando queremos ser donos da partilha
No final da década de 1980, início da de 1990, os meus pais compravam bilhetes para a temporada de ópera no São Carlos. De vestido azul escuro com gola de renda guipure azul clara, lá ía eu e a minha irmã do meio; a mais nova tinha um exactamente igual mas de cor camelo e gola bege. Aqueles eram os vestido de ir à ópera, comprados para o efeito e caros porque financiados pela nossa avó.
Um dia, o vestido deixou de servir à mais nova, o do meio passou para ela e o meu para a do meio. Eu tive direito a nova farda. Um vestido tão bom e tão bonito era mal empregue para por na mala que se fazia para entregar na Cruz Vermelha, disse a minha avó, que decidiu oferecê-lo à irmã de uma amiga minha da escola.
Chegada a casa da minha amiga, falei com a mãe dela, instruida pela minha avó: "É um vestido muito bom. É só para ir à missa". Qual não foi o meu choque quando, um dia, cheguei a casa da minha amiga e a irmã andava com o vestido por casa todo riscado de caneta de filtro, como se fosse um bibe.
Quando contei o que vira à minha avó, esta ficou furiosa com "esses pobres que não sabem distinguir o bom do mau, mais valia o vestido ter ido na mala da Cruz Vermelha, assim não sabíamos o seu destino". Quando a minha amiga lá foi a casa, a minha avó deu-lhe um raspanete e ela respondeu-lhe, igualmente zangada, mas sem ser mal-educada: "O vestido é nosso e fazemos o que quisermos com ele!".
A minha avó engoliu aquelas palavras e reconheceu: "Tens razão, menina. O vestido é vosso" e não se falou mais do assunto.
A partilha tem este lado que, por vezes, temos dificuldade em reconhecer - quando partilhamos, deixa de ser nosso, é do outro e o outro é livre de fazer o que quiser. Portanto, se o outro quiser comer bifes, come; se quiser ir a concertos, vai; porque é livre de fazer as suas opções (além de estar a fazer bem à economia).
BW
Um dia, o vestido deixou de servir à mais nova, o do meio passou para ela e o meu para a do meio. Eu tive direito a nova farda. Um vestido tão bom e tão bonito era mal empregue para por na mala que se fazia para entregar na Cruz Vermelha, disse a minha avó, que decidiu oferecê-lo à irmã de uma amiga minha da escola.
Chegada a casa da minha amiga, falei com a mãe dela, instruida pela minha avó: "É um vestido muito bom. É só para ir à missa". Qual não foi o meu choque quando, um dia, cheguei a casa da minha amiga e a irmã andava com o vestido por casa todo riscado de caneta de filtro, como se fosse um bibe.
Quando contei o que vira à minha avó, esta ficou furiosa com "esses pobres que não sabem distinguir o bom do mau, mais valia o vestido ter ido na mala da Cruz Vermelha, assim não sabíamos o seu destino". Quando a minha amiga lá foi a casa, a minha avó deu-lhe um raspanete e ela respondeu-lhe, igualmente zangada, mas sem ser mal-educada: "O vestido é nosso e fazemos o que quisermos com ele!".
A minha avó engoliu aquelas palavras e reconheceu: "Tens razão, menina. O vestido é vosso" e não se falou mais do assunto.
A partilha tem este lado que, por vezes, temos dificuldade em reconhecer - quando partilhamos, deixa de ser nosso, é do outro e o outro é livre de fazer o que quiser. Portanto, se o outro quiser comer bifes, come; se quiser ir a concertos, vai; porque é livre de fazer as suas opções (além de estar a fazer bem à economia).
BW
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casos
domingo, 11 de novembro de 2012
Volume 3 da coleção Olimpvs.net
O lançamento do volume 3 da coleção Olimpvs.net é já esta semana!
Desta vez, Alice e Mel estão em Inglaterra.
Zé, António e Pedro em Évora.
Enquanto elas visitam Stonhenge, eles exploram o Cromeleque dos Almendres.
De repente, Mel desaparece e o sol quente de verão dá lugar a um dia frio de inverno e começa a nevar.
Os deuses da nova era, nesta aventura, têm de enfrentar o senhor do Mundo Inferior, Hades, e o seu terrível companheiro, Cérbero.
Uma aventura a não perder!
Já à venda no Wook e na Fnac.
Desta vez, Alice e Mel estão em Inglaterra.
Zé, António e Pedro em Évora.
Enquanto elas visitam Stonhenge, eles exploram o Cromeleque dos Almendres.
De repente, Mel desaparece e o sol quente de verão dá lugar a um dia frio de inverno e começa a nevar.
Os deuses da nova era, nesta aventura, têm de enfrentar o senhor do Mundo Inferior, Hades, e o seu terrível companheiro, Cérbero.
Uma aventura a não perder!
Já à venda no Wook e na Fnac.
sábado, 10 de novembro de 2012
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Não aprendam gramática com Sophia!
"Vamos ler Sophia!", propus a uns 'amigos' mais novos, a convite da Porto Editora, e assim foi. A Marta, a Leonor e o Vasco, de 14, 13 e 12 anos, respectivamente, juntaram-se aos nomes que escrevem para as crianças e jovens – Ana Maria Magalhães, co-autora de centenas de títulos e que ainda esta semana publicou o primeiro volume da sua autobiografia; Maria Inês Almeira que aspira a chegar aos 30 anos de sucesso das autoras de Uma Aventura; e Pedro Sousa Tavares o jornalista de Educação do DN que completou o início de um conto da sua avó, Sophia de Mello Breyner Andresen, Os Ciganos.
Anabela Mota Ribeiro convidou os autores a falar sobre a sua relação com a obra de Sophia, sobre a escrita para crianças e jovens e houve um pequeno espectador que fez a pergunta que deixa todos curiosos: "Como é que se escreve uma história?"
Engraçado foi ouvir uma professora de Português com 39 anos de serviço, Ana Maria Magalhães, a dizer que em tantos anos teve uma única turma que gostava de Gramática e que não se deve pegar em textos de grandes autores, como Sophia, e parti-lo em sujeito, predicado e complemento...
Pedro Sousa Tavares reforçou que os livros servem para ler com prazer, são uma porta que se abre e que se pode fechar quando não se gosta e não para dar cabo deles com a Gramática. Ana Maria Magalhães voltou à carga e lembrou que um dos netos de Isabel Alçada tinha estado 11 aulas a explorar um texto de um grande autor português. "Isso não se faz a um grande autor..."
E a Marta, a Leonor e o Vasco brilharam! Estiveram praticamente à altura dos autores – falaram sobre as suas personagens preferidas do mundo de Sophia, do quanto tinham aprendido, do que é ouvir ler quando se é pequeno e ler quando se é grande, do quanto é diferente voltar a reler, à medida que os anos vão passando e que, mesmo os adultos podem ler os livros que Sophia escreveu a pensar nos seus filhos – e encantaram-nos, aos autores e à plateia.
No final, todos lhes deram os parabéns pelas suas intervenções – são leitores de Sophia, são leitores ponto final, são 'aspirantes' a escritores, têm caderninhos onde escrevem as suas histórias, onde começam 'livros', mas não acabam ou recomeçam e fazem upgrade, confessava a Leonor. E Ana Maria Magalhães encorajou-os a continuar, a fazer, refazer, deitar fora e recomeçar – um óptimo conselho para quem quiser escrever. Não há nada pior do que aqueles que estão convencidos que terminaram uma grande obra, disse-lhes. Aos espectadores já tinha dito o quanto amava a simplicidade de Sophia.
BW
Anabela Mota Ribeiro convidou os autores a falar sobre a sua relação com a obra de Sophia, sobre a escrita para crianças e jovens e houve um pequeno espectador que fez a pergunta que deixa todos curiosos: "Como é que se escreve uma história?"
Engraçado foi ouvir uma professora de Português com 39 anos de serviço, Ana Maria Magalhães, a dizer que em tantos anos teve uma única turma que gostava de Gramática e que não se deve pegar em textos de grandes autores, como Sophia, e parti-lo em sujeito, predicado e complemento...
Pedro Sousa Tavares reforçou que os livros servem para ler com prazer, são uma porta que se abre e que se pode fechar quando não se gosta e não para dar cabo deles com a Gramática. Ana Maria Magalhães voltou à carga e lembrou que um dos netos de Isabel Alçada tinha estado 11 aulas a explorar um texto de um grande autor português. "Isso não se faz a um grande autor..."
E a Marta, a Leonor e o Vasco brilharam! Estiveram praticamente à altura dos autores – falaram sobre as suas personagens preferidas do mundo de Sophia, do quanto tinham aprendido, do que é ouvir ler quando se é pequeno e ler quando se é grande, do quanto é diferente voltar a reler, à medida que os anos vão passando e que, mesmo os adultos podem ler os livros que Sophia escreveu a pensar nos seus filhos – e encantaram-nos, aos autores e à plateia.
No final, todos lhes deram os parabéns pelas suas intervenções – são leitores de Sophia, são leitores ponto final, são 'aspirantes' a escritores, têm caderninhos onde escrevem as suas histórias, onde começam 'livros', mas não acabam ou recomeçam e fazem upgrade, confessava a Leonor. E Ana Maria Magalhães encorajou-os a continuar, a fazer, refazer, deitar fora e recomeçar – um óptimo conselho para quem quiser escrever. Não há nada pior do que aqueles que estão convencidos que terminaram uma grande obra, disse-lhes. Aos espectadores já tinha dito o quanto amava a simplicidade de Sophia.
BW
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quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Isabel Jonet, o copo de dentes e como aprender a viver com menos
Isabel Jonet acredita que vamos empobrecer cada vez mais e que assim é que deve ser. Talvez porque assim os Bancos Alimentares podem crescer? E o seu poder de presidente dos Bancos Alimentares se alarga ao mundo inteiro? Mas se todos empobrecermos, quem vai encher o saquinho e entregá-lo à saída do supermercado? Quem poderá fazer boas acções e ficar de consciência tranquila com a pobreza à sua volta?
"Nós vivemos de uma maneira completamente idiota", diz a senhora e o exemplo que dá é o da falta de educação dos seus próprios filhos. Diz Isabel Jonet que no seu tempo foi ensinada a lavar os dentes com um copo e que os filhos os lavam com a água a correr.
Mas não foram à escola? Não aprenderam nada sobre educação ambiental? Faltaram às aulas de Educação para a Cidadania, Estudo do Meio ou Ciências da Natureza? É que, no caso dos meus filhos, não só aprenderam em casa a lavar os dentes com o apoio de um copo com água, como vieram da escola completamente catequizados sobre o facto de a água ser um recurso finito e, como tal, deve ser poupado.
A sua intervenção foi uma boa oportunidade para não ofender os mais pobres e não revelar que, em sua casa, as torneiras estão todas abertas, pelo menos, enquanto os seus filhos lavam os dentes, talvez depois de terem comido bifes e essas coisas que os pobres também querem comer, mas não podem.
BW
"Nós vivemos de uma maneira completamente idiota", diz a senhora e o exemplo que dá é o da falta de educação dos seus próprios filhos. Diz Isabel Jonet que no seu tempo foi ensinada a lavar os dentes com um copo e que os filhos os lavam com a água a correr.
Mas não foram à escola? Não aprenderam nada sobre educação ambiental? Faltaram às aulas de Educação para a Cidadania, Estudo do Meio ou Ciências da Natureza? É que, no caso dos meus filhos, não só aprenderam em casa a lavar os dentes com o apoio de um copo com água, como vieram da escola completamente catequizados sobre o facto de a água ser um recurso finito e, como tal, deve ser poupado.
A sua intervenção foi uma boa oportunidade para não ofender os mais pobres e não revelar que, em sua casa, as torneiras estão todas abertas, pelo menos, enquanto os seus filhos lavam os dentes, talvez depois de terem comido bifes e essas coisas que os pobres também querem comer, mas não podem.
BW
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quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Código deontológico
«Apesar de a actividade docente ser uma das que mais levanta questões
éticas, os professores não têm um código deontológico, uma falha que é
“responsabilidade da própria profissão”.» diz o Público, citando o coordenador científico da conferência Deontologia e auto-regulação das profissões da educação,
que se realiza em Lisboa na próxima sexta-feira e sábado, Reis Monteiro.
Pode consultar o programa aqui. A participação é gratuita.
Pode consultar o programa aqui. A participação é gratuita.
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
A escola do século XXI
Heidi Hayes Jacobs esteve em Lisboa, na conferência do MAIS (Mediterranean Association of International Schools). Embora não trabalhe numa escola internacional, tive a sorte de poder participar numa conferência desta importante professora e investigadora Norte Americana. Aqui fica uma amostra do que ouvi e que destaca a necessidade de, na escola do século XXI, valorizar as novas literacias - digital, média e global - e mudar práticas.
domingo, 4 de novembro de 2012
Da Finlândia para a Alemanha
Andámos anos e anos a visitar a Finlâdia, à procura de inspiração para a nossa escola, na tentativa de trazer o modelo de sucesso tão reconhecido pela OCDE. Agora, descobrimos a Alemanha, o sistema educativo alemão vocacionado para o profissional, desde cedo... E fazer avaliações do que se tem experimentado? Não se fazem?
BW
BW
sábado, 3 de novembro de 2012
Professores sem escola, amanhã na SIC
Domingo, dia 4 de novembro, no ‘Jornal da Noite’
‘GRANDE REPORTAGEM’ – “PROFESSORES SEM ESCOLA”
Durante quase uma década, Silvana Lagarto e José Vicente foram professores de EVT, Educação Visual e Tecnológica, o grupo de docentes mais atingido pela reforma liderada pelo Ministro da Educação Nuno Crato. Estes dois professores dificilmente voltarão a ser colocados. Margarida Carvalho e Tiago Galveia, professores de Ciências e de Geologia, também ficaram de fora das listas de colocação pela primeira vez em seis anos. Maria Santana, docente de Filosofia, está ainda à espera de ser colocada, ao fim de 15 anos dedicados ao ensino.
Os cortes no Orçamento da Educação de 2012 deixaram milhares de professores sem trabalho e o ensino mais pobre.
As linhas gerais da re-estruturação foram definidas pela Troika, mas Nuno Crato e Vitor Gaspar levaram mais longe as orientações inscritas no memorando.
O corte no orçamento da Educação em 2012 rondou os 600 milhões de euros, três vezes mais do que os 195 milhões exigidos pela Troika. O orçamento de 2013 prevê ainda mais cortes.
A ‘Grande Reportagem’ deste domingo analisa as reformas na Educação, as consequências no ensino público e na vida de professores que, de um momento para o outro, ficaram desempregados.
Estará em causa o futuro da Escola Pública?
Professores Sem Escola é uma reportagem de Sofia Arêde, com imagem de Rodrigo Lobo e edição de Imagem de Ricardo Tenreiro.
‘GRANDE REPORTAGEM’ – “PROFESSORES SEM ESCOLA”
Durante quase uma década, Silvana Lagarto e José Vicente foram professores de EVT, Educação Visual e Tecnológica, o grupo de docentes mais atingido pela reforma liderada pelo Ministro da Educação Nuno Crato. Estes dois professores dificilmente voltarão a ser colocados. Margarida Carvalho e Tiago Galveia, professores de Ciências e de Geologia, também ficaram de fora das listas de colocação pela primeira vez em seis anos. Maria Santana, docente de Filosofia, está ainda à espera de ser colocada, ao fim de 15 anos dedicados ao ensino.
Os cortes no Orçamento da Educação de 2012 deixaram milhares de professores sem trabalho e o ensino mais pobre.
As linhas gerais da re-estruturação foram definidas pela Troika, mas Nuno Crato e Vitor Gaspar levaram mais longe as orientações inscritas no memorando.
O corte no orçamento da Educação em 2012 rondou os 600 milhões de euros, três vezes mais do que os 195 milhões exigidos pela Troika. O orçamento de 2013 prevê ainda mais cortes.
A ‘Grande Reportagem’ deste domingo analisa as reformas na Educação, as consequências no ensino público e na vida de professores que, de um momento para o outro, ficaram desempregados.
Estará em causa o futuro da Escola Pública?
Professores Sem Escola é uma reportagem de Sofia Arêde, com imagem de Rodrigo Lobo e edição de Imagem de Ricardo Tenreiro.
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sexta-feira, 2 de novembro de 2012
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
A morte
A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos.
Pablo Picasso
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citações
Para cantar o pão-por-deus...
... visite aqui o link com as canções do CD e livros "Canta o Galo Gordo."
Pão-por-Deus,
Ou um bolinho,
P`ra levar neste saquinho.
Bolinhos
Ou bolinhós,
P`ra levarmos aos avós.
Se nos der
Algum Bolinho,
É porque é um bom vizinho.
Se não der
Mesmo nadinha,
Cheira mal esta cozinha!
Não é preciso dar muito,
O que conta é a intenção!
Pão-por-Deus, é hoje o dia...
Abra a porta e o coração!
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Portugal e os judeus
Segunda e terça-feira, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, debateu-se sobre Portugal e o Holocausto e foi conhecido um projecto interessante que um grupo de alunos do secundário fez na extinta Área Projecto. Lembrou-me a visita ao Museu do Holocausto, em Washington, onde um pequeno folheto com um rosto e um nome nos ajudava a ver a exposição e onde ficávamos a saber o destino daquela pessoa.
E agora, muito haveria para dizer sobre Área Projecto mas estou cansada e triste... Apetece-me só dar um argumentozinho em favor da área não curricular e do emprego dos professores – esquecendo a importância que, de facto, tinha para a construção da cidadania dos alunos – : se houvesse Área Projecto, os professores tinham os seus horários mais ocupados e haveria mais docentes nas escolas.
BW
E agora, muito haveria para dizer sobre Área Projecto mas estou cansada e triste... Apetece-me só dar um argumentozinho em favor da área não curricular e do emprego dos professores – esquecendo a importância que, de facto, tinha para a construção da cidadania dos alunos – : se houvesse Área Projecto, os professores tinham os seus horários mais ocupados e haveria mais docentes nas escolas.
BW
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educação
Pão por Deus vs. "trick or treat"
A tradição já não é o que era. Porque é que temos de adoptar as tradições dos outros, quando temos as nossas?
Irrita-me a história do Halloween, das máscaras e das decorações temáticas. Sobretudo quando nós temos uma tradição para o dia de todos os santos.
As crianças pegam em sacos de pano e vão bater às portas dos vizinhos para pedir o "pão por Deus".
Os meus já não o fazem porque são grandes demais para o fazer – a adolescência tem destes senãos – mas os sacos vinham sempre cheios de chocolates, gomas, rebuçados, 'beijinhos', madalenas, bolachas, mas também de frutos secos (castanhas, nozes e figos) como no tempo das avós.
E a tradição não se fica pela recolha dos doces. Há o convívio com os vizinhos, saber como estão, como se sentem, dar um abraço, um beijo. E isto é tão diferente e tão mais genuíno do que o vestir uma máscara...
BW
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terça-feira, 30 de outubro de 2012
Um chá para Alice
Imagem de Vladimir Clavijo, patente na FCG (DR) |
O chapeleiro louco, o gato de Cheshire, a rainha de copas, personagens de Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, foram retratados por 21 ilustradores internacionais que integram uma exposição a inaugurar esta semana, em Lisboa.
“Um chá para Alice” abre ao público amanhã, dia 1 de Novembro, na Fundação Calouste Gulbenkian, e apresenta ilustrações de 21 autores que deram uma nova interpretação visual à história criada há mais de cem anos por Lewis Carroll. A exposição ficará patente até Fevereiro.
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