quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Passos Coelho e as taxas no secundário

A leviandade com que Pedro Passos Coelho fala das prestações sociais é assustadora.
Para o primeiro-ministro, o peso da Segurança Social, Saúde e Educação na despesa do Estado resolvem-se com uma de duas maneiras: ou se privatiza ou se pede ao cidadão que pague.
Passos Coelho esqueceu-se do óbvio? Que todos pagamos e pagamos cada vez mais e ainda vamos pagar mais em Janeiro? Esqueceu-se daquela coisa chamada impostos que, repito, pagamos e pagamos cada vez mais? Pagamos como os nórdicos, mas somos tratados como se estivessemos sempre em dívida, ou então como se fossemos uns esbanjadores.
As prestações sociais são um dever do Estado e um direito dos cidadãos.
Atenção que eu não me importo de pagar a escola pública, o hospital público e fazer PPR se deixar de pagar impostos. Mas dêem-me essa opção! Agora não me peçam para pagar impostos e pagar taxas moderadoras na escola e no hospital.
O que mais me preocupa é a falta de visão. Se actualmente menos pessoas vão ao hospital por causa das taxas, o que é que Pedro Passos Coelho pensa que vai acontecer se taxar a escola? Se estão a chegar à escola 13 mil crianças com fome, o que vai acontecer quando os pais tiverem de pagar uma propina? Se há alunos do ensino superior a desistir, o que vai acontecer no secundário? É desinvestindo na Educação que vamos sair da crise?
O que é que se passa com esta gente? Porque estão tão apostados no retrocesso civilizacional?
BW

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