“Com o infinito nas
mãos
Abrir um livro é correr o risco de encontrar o infinito. Ter ao alcance das mãos, nos
limites da página, o sem-limites. E de que outro modo poderíamos nós encontrar
o infinito senão no finito?
Mensurável, palpável, visível. Nesse espaço aberto e branco da página, nas suas dobras, pode surgir o sem princípio, nem fim, nem centro: o Livro infinito.
Liberdade que é também desorientação: perdem-se as certezas e as referências habituais; os caminhos e sentidos bifurcam-se; a noite cerca-nos.
Uma espécie de cegueira: o livro abre uma obscuridade essencial.
A dos novos começos.”
(da exposição Tarefas Infinitas)
Imagem do catálogo: Raymond Queneau (1903-1976), Cent mille milliards de poèmes, 1961
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