Luís Fernandes e Sónia Seixas juntaram-se e escreveram Plano Bullying: Como apagar o bullying da escola, editado pela Plátano Editora. Hoje foi o lançamento na Fnac do Centro Comercial Vasco da Gama, em Lisboa. Por ausência da autora do prefácio, a professora Margarida Gaspar de Matos, coube-me a apresentação do livro.
Esta é uma obra feita a pensar nos professores e é um trabalho muito completo (há um livro e um cd-rom) porque além do lado da investigação - através da qual vai respondendo a todas as dúvidas dos professores sobre o mundo do bullying -, tem propostas concretas para aplicar na escola.
Os autores pedem que não se ignore o bullying e lembram que este não é uma coisa própria da adolescência, não é nenhum rito de passagem, é violência, intimidação, humilhação e magoa sempre. Às vítimas, o bullying faz mal à saúde e ao aproveitamento escolar. Faz tão mal à saúde que, por vezes, há jovens e adolescentes que não resistem e encontram na morte a solução para os seus problemas.
Este é um livro, repito, dedicado aos professores e, por isso, aproveitei para falar do papel dos pais - estes, acredito, têm um papel fundamental para preparar/educar os filhos de maneira a que não seja vítimas ou agressores. E depois de dizer como é importante o nosso exemplo, Luís Fernandes recorda uma história real que aconteceu com ele, na agrupamento de escolas (um TEIP) onde trabalha, em Beja. A história de uma criança que chega ao pé do adulto feliz por ter conseguido resolver um conflito sem o uso da força, sem dar porrada em ninguém, mas através do diálogo. Um miúdo que sai da escola feliz e que, no dia seguinte, regressa triste e cabisbaixo. O que se passara? A mãe dissera-lhe que nenhum filho dela resolve as coisas a falar, mas sim recorrendo à força física.
Portanto, aos professores que vão franzindo o sobrolho porque aqui está mais um livro para lhes dar trabalho, que o bullying não é nada consigo, é uma coisa de miúdos e eles que resolvam entre si... Errado, os professores devem ensinar as suas disciplinas mas também ajudar a preparar os homens e as mulheres de amanhã porque nem todos os pais sabem dar o exemplo, sabem educar.
BW
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