quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Maria Teresa Horta, a coerente

Lembro-me dela e de outras duas, na televisão, as Três Marias - Maria Teresa Horta, Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa. Quando apareciam, a minha mãe desdenhava: "Humpf... Lá vêm as Marias! Se lhes dessem uns pratos para lavar..." ou "Vão lá queimar soutiens para as avenidas!". E eu, espírito da contradição, ficava a ouvi-las, a construir a minha ideia do que era o feminismo, do que era a liberdade. Admirava a inteligência embora talvez não percebesse metade, de tão pequena que era! Mas gostava de as ouvir.
Então como agora, Maria Teresa Horta é uma mulher coerente e, por isso mesmo, recusou-se a receber o prémio literário D. Dinis porque este ser-lhe-ia dado pelo primeiro-ministro. Passos Coelho foi eleito democraticamente e é o primeiro-ministro mas é também o homem que chefia o Governo que está "empenhado em destruir o país", diz a escritora, poetisa e activista. Coerente. Com que cara poderia criticar o que se passa no país e, de seguida, sorrir ao lado de Passos Coelho?
BW

1 comentário:

  1. Não sou politico ou amante da politica, mas a atitude da senhora que embora escritora com alguma relevancia o comum dos mortais não a conhece, brindou os portugueses por longos minutos na televisões porque permite-se discordar da personagem que entrega o prémio.
    A senhora revela tics de profundo narcisismo que na idade avançada alguém se lembrou de lhe dar atenção atribuindo-lhe um prémio.
    Triste portugal que tanto valor dá a tão mediocres na ascensão comportamental que revelam um profundo narcisismo terminal em função do ciclo biológico.

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