"Sem emprego, sem casa, sem medo", li num cartaz madrileno dos que se manifestam contra as políticas de Rajoy.
Por cá, hoje foi dia de sair à rua para mostrar ao Governo o descontentamento com políticas que não agradam aos trabalhadores, aos pensionistas, aos desempregados, aos patrões. Lado a lado estiveram trabalhadores por conta de outrém, trabalhadores por conta própria, pequenos empresários que vêem o investimento que fiizeram ir por água abaixo. Famílias inteiras, avós com pensões reduzidas, pais com menos um a dois salários, filhos sem perspectivas de futuro.
Foi dia de sair à rua e mostrar à troika que não somos tão bem mandados e tão resignados como nos querem. Não somos como os gregos, não somos como os espanhóis mas a subserviência tem limites, sobretudo quando se tem cada vez menos.
Em final de semana de regresso às aulas, dizem os directores de escola que antes era preciso perceber quem eram os miúdos que passavam fome ou os que chegavam à escola sem pequeno-almoço. Agora não, agora os pais vão à escola para perguntar como é, como podem receber ajuda. E as aulas começaram há dois ou três dias, conforme descreve a jornalista Graça Barbosa Ribeiro.
Em situação de desespero perdemos a vergonha e, espero, o medo.
BW
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