Rita Pimenta entrevistou Marina Colasanti. Uma reflexão sobre as histórias que deixámos de contar à mesa para contar na internet.
«Como é que foi o teu dia? Correu tudo bem na escola? As respostas a estas perguntas também são histórias. Mas já não as contamos em casa. Mergulhamos no Facebook, partilhamos o que outros disseram ou fizeram e pouco sabemos de quem está por perto.
Sempre se contaram histórias em família. Não apenas as que estão
escritas, mas as que decorrem do dia-a-dia. “A casa é um fulcro de
narrativas vindas do exterior. Você chega da rua e traz a história da
vizinha, que te contou que o cachorro dela foi roubado por um ladrão”,
exemplifica a escritora brasileira Marina Colasanti. “Ou então, falando
sobre como foi o seu dia, diz: ‘O meu chefe isto e aquilo…’ São
histórias que você está contando na sua casa”, prossegue a (também)
contadora de histórias, que veio a Portugal para participar na XII
edição das Palavras Andarilhas.«Como é que foi o teu dia? Correu tudo bem na escola? As respostas a estas perguntas também são histórias. Mas já não as contamos em casa. Mergulhamos no Facebook, partilhamos o que outros disseram ou fizeram e pouco sabemos de quem está por perto.
Mas este ritual familiar, muito associado aos momentos de refeição, está a perder-se: “As histórias são trazidas por cada um e emitidas por cada um para fora: no Twitter, Facebook ou blogue. As histórias que se ouvem são jogadas para fora outra vez. Em vez de serem compartilhadas com o conjunto familiar.”»
Texto integral aqui.
Sem comentários:
Enviar um comentário