quinta-feira, 12 de julho de 2012

Também estou a ensinar quando luto!

Nos últimos dias tenho insistido em perguntar: porque vieram 120 mil para a rua por causa da sua avaliação do desempenho e não vêm quando têm o emprego em risco, quando podem passar a horários-zero, quando vão ter 30 alunos por turma?
Estão desanimados, angustiados, esmagados, respondem Mário Nogueira e o responsável da Associação de Dirigentes Escolares.
Sentiam-se mais acossados por Maria de Lurdes Rodrigues do que por Nuno Crato, o ministro professor, como pode ler aqui.
Nestes dias em que achamos tudo normal – o ministro da exigência, do rigor, da avaliação conviver jovialmente com o ministro a quem saiu uma licenciatura na caixa da farinha Lusófona e que não lança uma inspecção àquela universidade; termos uma taxa de desemprego com dois digitos; termos pessoas a quem o trabalho não resgata da pobreza – os professores parecem apáticos e desconheço se esta tarde estarão mobilizados para se manifestarem.
A concentração promovida pela Fenprof já serviu para uma coisa, para ler a frase do cartaz "Também estou a ensinar quando luto!". Precisamos de ensinar isso às novas gerações para que não anseiem serem Relvas. 
BW

1 comentário:

  1. Excelente intervenção, Bárbara Wong!
    Concordo consigo.

    Já agora, se não se importa, gostava que lesse este último artigo que escrevi, justamente sobre o caso "Relvas":

    http://suricatina.blogspot.pt/2012/07/professores-de-miguel-relvas.html

    Muito obrigada.

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