Os programas existem, foram aprovados, foram feitos manuais escolares com base nesses mesmos programas, foi feita/dada formação aos professores sobre os novos programas, o ministro Nuno Crato disse que não ia mexer nos programas mas que ía apresentar novas metas e elas aí estão.
E os autores dos programas dizem que as metas nada têm que ver com os programas que fizeram; e os autores das metas dizem que estas especificam melhor o que os programas dizem. Os autores dos programas dizem que as metas são um outro programa.
Nas guerras entre autores, temos um ministro calado, os professores calados (não lhes vá acontecer como àquela directora que foi afastada porque falou demais...), as editoras caladas (à espera de perceber se vão fazer outros manuais ou se mantêm os mesmos), os pais calados, os sindicatos calados.
Quem é que defende os alunos? E quem defende os próprios professores? Ou estes já estão por tudo? "Venham as metas que me descansam a beleza. Querem que eu ensine a contar até 100 e a ler 55 palavras num minuto? 'Bora! Eu consigo, vou comprar um cronómetro! E se não conseguir tenho a certeza que o problema é do aluno e não meu."
Quem defende a Educação das guerras entre o eduquês e o rigor/exigência?
BW
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