Ainda a propósito deste tema, cito o blogue "Atenta Inquietude" e convido-vos a passar por lá.
"A tentação de estabelecer metas curriculares
por ano de escolaridade, correndo o risco de uma leitura fechada, relembro que
serão obrigatórias a partir de 2013/2014, pode levar a que o ensino se transforme
na gestão de uma espécie de "check list" das metas estabelecidas
implicando a impossibilidade de acomodar as diferenças, óbvias, entre os alunos,
os seus ritmos de aprendizagem o que culminará, antecipa-se, com a realização de
exames todos os anos. "
Qual o caminho, qual o rumo?
ResponderEliminarA questão dos mega-agrupamentos é bastante polémica porque envolve muitas premissas, as quais condicionam quer a vida futura das escolas, quer a manutenção do vínculo contratual para muitos professores, quer a alteração substancial das condições de trabalho para os próprios docentes e direcções.
Sem querer entrar em detalhes de natureza ideológica, gostaria no entanto de ressalvar que como professor, me encontro bastante decepcionado pelo rumo tomado nesta questão.
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Pressinto que não existe um rumo bem definido e clarificado de modo antecipado, por aquilo que tenho visto nas novas agregações, bem como não posso considerar admissível, que no caso de uma fusão entre duas escolas, a escola que foi agregada tenha perdido o direito à existência do seu nome na nova estrutura mega-agrupada.
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Considero que esta atitude é eticamente reprovável, uma vez que há um passado e um presente que ao que parece se pretende esquecer, como se lançasse em termos económicos uma opa sobre uma outra empresa e esta ao ser absorvida deixaria de existir.
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É uma atitude de mau gosto e pouco sensata, pois não trará qualquer tipo de pacificação à nova estrutura, revelando-se de todo contra natura.
Espero que o Ministério da Educação tenha o bom senso de alterar esta situação, pois parece pouco importante, mas não o é.
Luís Torre