Liga-me uma leitora, avó, preocupada com o x-acto, utensílio utilizado nas aulas de EV e ET: "Aquilo é uma arma. Eu escondo-a do meu neto e ele leva falta de material, mas não interessa. Não está bem levarem aquilo para a escola, não acha? Não deviam usá-lo na escola. Devia ser proibido."
Eu ando cansada e doente, de maneira que tenho menos paciência do que é costume e respondo: "Ó minha senhora, um x-acto é necessário para as aulas dessas disciplinas, como a régua, o lápis, a tesoura... O x-acto não é mau, podem é fazer mau uso dele e só quem é muito doente ou mal intencionado é que usa um x-acto como uma arma... Além disso, o que aconteceu [em Mem Martins, uma rapariga de 17 anos, agrediu outra de 14 com um x-acto] não foi numa escola, mas na rua. A rapariga nem sequer estuda ou trabalha.". O que não disse: "Não infernize a vida ao seu neto... Não lhe abra os olhos para maus usos do x-acto, da faca de cozinha ou do corta-unhas. Ensine-o a usar bem cada um desses objectos. Não ao medo, sim ao esclarecimento e à responsabilidade."
BW
terça-feira, 31 de maio de 2011
Ainda os testes intermédios
Não concordo! Não concordo com testes intermédios para meninos do 2.º ano. Não concordo com exames nacionais para alunos dos 4.º e 6.º anos. Nem acho muita graça aos do 9.º, mas vá, compreendo que nesta etapa sejam necessários...
Provas de aferição sim. Provas que sirvam para o Ministério da Educação perceber o que se passa nas escolas e só isso.
Testes intermédios e exames nacionais servem para uma única coisa: professores stressados, a dar matéria, a fazer testes iguais aos das provas de exame, a treinar alunos para responder correctamente aos exames e nada mais. Uma pobreza, uma castração da liberdade de ensinar e de aprender!
Treinar meninos para exames, em vez de os ensinar a pensar "fora da caixa" (uma expressão tão em voga!). Assim, temos milhares de alunos que, desde o 2.º ano, são treinados (como os cãezinhos) a responder a testes intermédios e a exames. Au! Au! Sejam bem-vindos à sociedade hierarquizada e uniformizada, cheia de regras e preceitos para cumprir!
BW
PS: Não sou ingénua e sei que os professores também treinam os meninos para as provas de aferição. Mas, defendo que estas deviam mesmo servir para a tutela perceber o que se passa nas escolas.
Provas de aferição sim. Provas que sirvam para o Ministério da Educação perceber o que se passa nas escolas e só isso.
Testes intermédios e exames nacionais servem para uma única coisa: professores stressados, a dar matéria, a fazer testes iguais aos das provas de exame, a treinar alunos para responder correctamente aos exames e nada mais. Uma pobreza, uma castração da liberdade de ensinar e de aprender!
Treinar meninos para exames, em vez de os ensinar a pensar "fora da caixa" (uma expressão tão em voga!). Assim, temos milhares de alunos que, desde o 2.º ano, são treinados (como os cãezinhos) a responder a testes intermédios e a exames. Au! Au! Sejam bem-vindos à sociedade hierarquizada e uniformizada, cheia de regras e preceitos para cumprir!
BW
PS: Não sou ingénua e sei que os professores também treinam os meninos para as provas de aferição. Mas, defendo que estas deviam mesmo servir para a tutela perceber o que se passa nas escolas.
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domingo, 29 de maio de 2011
Porta-viagens. Experimente-o, aqui.
Experimente aqui a versão de demonstração da plataforma Aula Digital referente ao manual escolar Porta-viagens.
Poderá:
- folhear o manual em formato digital;
- consultar o índice de recursos;
- explorar os testes em formato digital;
- aceder a alguns dos materiais do projecto.
- aceder a alguns dos materiais do projecto.
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sexta-feira, 27 de maio de 2011
Manuel António Pina, Prémio Camões 2011
A triste história do zero poeta
um zero dado à poesia
que tinha um sonho secreto:
fugir para o alfabeto.
Sonhava tornar-se um O
nem que fosse um dia só,
ou ainda menos: só
o tempo de dizer: «Oh!»
(Nos livros e nas selectas
o que mais o comovia
eram os «Ohs!» que os poetas
metiam nas poesias!)
Um «Oh!» lírico & profundo,
um só «Oh!» lhe bastaria
para ele dizer ao mundo
o que na alma lhe ia!
E o que na alma lhe ia!
Sonhos de glórias, esperanças,
ânsias, melancolia,
recordações de criança;
além de um grande vazio
de tipo existencial
e de uma caixa que o tio
lhe pedira para guardar;
e ainda as chaves do carro
e uma máscara de entrudo...
Não tinha bolsos, coitado,
guardava na alma tudo!
A alma! Como queria
gritá-la num «Oh!» sincero!
Mas não passava de um zero
que, oh!, não se pronuncia...
Daí que andasse doente
de grave doença poética
e em estado permanente
de ansiedade alfabética.
E se indignasse & etc.
contra o destino severo
que fizera dele um zero
com uma alma de letra!
Tanta ambição desmedida,
tanto sonho feito pó!
E aquele zero dava a vida
para poder dizer «Oh!»...
Pequeno Livro da Desmatemática
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quinta-feira, 26 de maio de 2011
Testes intermédios do 1º ciclo
Mais um post da mãe-professora.
Ana Soares
O meu filho, no 2º ano e com 8 anos, vai ter testes intermédios de Língua Portuguesa e Matemática já nos próximos dias 3 e 8 de Junho, respectivamente. Estes assumem um carácter eminentemente formativo e permitem um exercício de aferição especialmente útil em ano de mudança de programa. Muito bem.
E os alunos do secundário, sujeitos a exame nacional, cujo resultado final interfere na sua média de acesso ao ensino superior, não têm, ao longo dos três anos do ciclo, um único teste intermédio de Português.
Tal facto gera especial estranheza quando sabemos que os testes intermédios existem, neste ciclo de estudos, para a Matemática, para a Física e Química A, para a Biologia-Geologia e para a Filosofia.
Confesso que não entendo o motivo pelo qual a disciplina de Português não faz parte deste conjunto.
Ana Soares
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domingo, 22 de maio de 2011
Viajar pelo Novo Acordo Ortográfico
Se procura uma síntese, um powerpoint resumo ou viagem rápida pelas principais alterações introduzidas pelo Novo Acordo Ortográfico, clique na imagem.
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O Sentimento de um Ocidental, Cesário Verde
O poema de Cesário Verde dito por João Villas Boas.
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poesia
As viagens do Porta-viagens
Tenho escrito pouco, é verdade.
Mas tenho viajado muito.
O Porta-viagens tem-nos levado a percorrer várias cidades do nosso país de forma a podermos, na primeira pessoa, apresentar o nosso projecto. Tenho encontrado alguns dos nossos leitores e seguidores.
Tem sido com muita alegria que tenho conhecido alguns dos rostos de quem nos vai lendo aqui, no Educar em Português.
Mas tenho viajado muito.
O Porta-viagens tem-nos levado a percorrer várias cidades do nosso país de forma a podermos, na primeira pessoa, apresentar o nosso projecto. Tenho encontrado alguns dos nossos leitores e seguidores.
Tem sido com muita alegria que tenho conhecido alguns dos rostos de quem nos vai lendo aqui, no Educar em Português.
Ana Soares
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sábado, 21 de maio de 2011
A educação e a troika
Mais agrupamentos, diz a troika, de maneira a reduzir os custos na área da educação, com o objectivo de poupar 195 milhões de euros através da racionalizacao da rede de escolas e da criação de agrupamentos de escolas, redução das necessidades de pessoal, etc. A troika quer ainda uma racionalizacao das transferências para as escolas privadas com contrato de associação.
O documento que o ministério das finanças divulgou diz: "aproximação das competências 'as necessidades do mercado (educação e formação vocacional); combate ao abandono escolar precoce"
... O governo habitou-nos a uma versão rosa dos factos. Mas pode o PSD, caso chegue a ser governo, mudar as coisas? Não me parece, por isso, soa a ridículo Passos Coelho a defender a liberdade de educação e o cheque ensino.
BW
O documento que o ministério das finanças divulgou diz: "aproximação das competências 'as necessidades do mercado (educação e formação vocacional); combate ao abandono escolar precoce"
... O governo habitou-nos a uma versão rosa dos factos. Mas pode o PSD, caso chegue a ser governo, mudar as coisas? Não me parece, por isso, soa a ridículo Passos Coelho a defender a liberdade de educação e o cheque ensino.
BW
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Novas Oportunidades, uma oportunidade perdida?
Depois da avaliação dos professores, as Novas Oportunidades (NO) chegaram à campanha eleitoral. Serviram para melhorar as nossas estatísticas? Sim. Não são avaliadas? São, têm sido feitos vários estudos sobre os seus resultados e as suas consequências. Mas o PSD tem razão quando diz que a qualidade da formação nunca foi avaliada.
No entanto, as NO têm servido de exemplo e de inspiração para outros países. As NO permitiram a milhares de portugueses verem reconhecidas as suas competências - e aí é que está o problema. São as competências e não os conhecimentos. O que nós todos gostávamos mesmo é que todos os portugueses tivessem mais conhecimentos mas, sabem uma coisa, as NO também ajudam neste campo.
Dois exemplos de pessoas muito próximas:
1. A minha empregada (pensei muito antes de escrever esta palavra, mas ela existe, a palavra e a pessoa) quis fazer as NO e ficou muito desiludida porque queria APRENDER, com tanto dossier e trabalho para fazer, achou que não estava a aprender nada e desistiu. Ela queria ter aulas, como os miúdos e não foi isso que lhe foi proposto. Achou uma fraude.
2. A minha amiga, que não tinha o secundário completo, foi e adorou. Aprendeu imenso, garante. Gostava das aulas, de conversar com o professor e com os colegas, de fazer pesquisa, garante que se fartou de trabalhar, de preparar dossiês sobre propostas que ela fazia, que o grupo dos colegas com quem trabalhava faziam. E foi um estímulo muito grande, ajudou-a (inclusivé) na promoção da sua auto-estima, ela que viu as amigas todas terminar o secundário, tirarem cursos, agora está a fazer um curso no superior.
Estou rendida às NO? Não, terá os seus defeitos, em muitos casos, será mal feito, mal aplicado, os professores fazem os trabalhos dos alunos e afins... Mas penso que é um programa que terá feito a diferença na vida de muitos dos 500 mil portugueses que o fizeram, que permitiu a muitos ganhar vontade para prosseguir os estudos, que melhoraram as suas competências de leitura, escrita e comunicação oral, que - tendo filhos na escola - olham para esta instituição de maneira diferente, com mais respeito e mais solidariedade com os professores, é o que conclui um dos estudos pago pela ANQ e feito pela Lucília Salgado.
BW
No entanto, as NO têm servido de exemplo e de inspiração para outros países. As NO permitiram a milhares de portugueses verem reconhecidas as suas competências - e aí é que está o problema. São as competências e não os conhecimentos. O que nós todos gostávamos mesmo é que todos os portugueses tivessem mais conhecimentos mas, sabem uma coisa, as NO também ajudam neste campo.
Dois exemplos de pessoas muito próximas:
1. A minha empregada (pensei muito antes de escrever esta palavra, mas ela existe, a palavra e a pessoa) quis fazer as NO e ficou muito desiludida porque queria APRENDER, com tanto dossier e trabalho para fazer, achou que não estava a aprender nada e desistiu. Ela queria ter aulas, como os miúdos e não foi isso que lhe foi proposto. Achou uma fraude.
2. A minha amiga, que não tinha o secundário completo, foi e adorou. Aprendeu imenso, garante. Gostava das aulas, de conversar com o professor e com os colegas, de fazer pesquisa, garante que se fartou de trabalhar, de preparar dossiês sobre propostas que ela fazia, que o grupo dos colegas com quem trabalhava faziam. E foi um estímulo muito grande, ajudou-a (inclusivé) na promoção da sua auto-estima, ela que viu as amigas todas terminar o secundário, tirarem cursos, agora está a fazer um curso no superior.
Estou rendida às NO? Não, terá os seus defeitos, em muitos casos, será mal feito, mal aplicado, os professores fazem os trabalhos dos alunos e afins... Mas penso que é um programa que terá feito a diferença na vida de muitos dos 500 mil portugueses que o fizeram, que permitiu a muitos ganhar vontade para prosseguir os estudos, que melhoraram as suas competências de leitura, escrita e comunicação oral, que - tendo filhos na escola - olham para esta instituição de maneira diferente, com mais respeito e mais solidariedade com os professores, é o que conclui um dos estudos pago pela ANQ e feito pela Lucília Salgado.
BW
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domingo, 15 de maio de 2011
Porta-viagens, novo manual de Português com plataforma digital gratuita
Convido-vos a verem este vídeo de apresentação da plataforma digital de suporte ao Porta-viagens, manual escolar para o 5º ano, do qual sou autora juntamente com Marta Branco e publicado pela Texto Editores.
Para além do manual, no seu conceito tradicional, o Porta-viagens coloca ainda ao dispor dos professores e alunos, gratuitamente, via CD ou Web, uma plataforma digital (a Aula Digital) em total articulação com o manual. Esta integra testes on-line, powerpoints, animações, vídeos, etc. Todos estes materiais estão indicados na banda do manual professor, para que o docente possa, facil e rapidamente, articular estes recursos com a planificação das suas aulas.
São poucos minutos. Veja por si.
Ana Soares
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sábado, 14 de maio de 2011
Hoje e amanhã, na Feira do Livro
Feira do Livro de Lisboa, Pavilhão CO5, Zona E (prodidáctico)
Se já conhece o projecto e o livro, não vai querer faltar.
Se ainda não conhece, espreite aqui e de certeza que vai querer ir.
Bom fim-de-semana.
Ana Soares
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As novas tecnologias na educação
"Há um ganho evidente na familiarização (...) [com] as novas tecnologias com as quais [o aluno] vai ter de lidar na sua vida futura. Contudo, as tecnologias não passam de instrumentos, sofisticados e atraentes, sem dúvida, mas tão-só instrumentos. (...) É pela educação que se chega à tecnologia e não o contrário."
David Justino, Difícil é Educá-los, p. 83
Compreendo, mas concordo só em certa medida. É que os alunos que hoje chegam à escola são já alunos tecnológicos e estes esperam da escola mais do que esta oferecia às gerações pré-boom tecnológico. Por isso, a tecnologia tem de ser também um meio para levar a escola e os alunos à educação. Todavia, tecnologia sem conhecimento é uma falácia. Claro.
Não retirando o primado ao desenvolvimento de competências cognitivas e capacidade de raciocínio lógico, a tecnologia tem de estar ao serviço da nova escola do século XXI.
Não retirando o primado ao desenvolvimento de competências cognitivas e capacidade de raciocínio lógico, a tecnologia tem de estar ao serviço da nova escola do século XXI.
Ana Soares
sexta-feira, 13 de maio de 2011
quinta-feira, 12 de maio de 2011
Falta de exigência. O mal da educação?
Os portugueses não são exigentes,
os pais não exigem das escolas nem dos filhos e
os estudantes não exigem de si próprios nem dos estabelecimentos de ensino,
defendeu o ex-ministro Eduardo Marçal Grilo no seminário “Participação dos Pais na Escola”.
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terça-feira, 10 de maio de 2011
E porque andamos em maré de Feiras do Livro...
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segunda-feira, 9 de maio de 2011
Brincar com pintores famosos
A minha filha de 4 anos chegou a casa e disse que na escola tinha estado a ver quadros. Até aqui tudo normal. O estranho foi quando reproduziu, quase fielmente, o nome dos pintores: Miró, «Modigliano», «Archimboldo»! Se eu fiquei espantada, nem imaginam a cara do pai quando chegou a casa e lhe perguntou o que tinha feito na escola!
Perante um trabalho que tanto a entusiasmou, achei que tinha de contribuir para desenvolver este gosto. Comecei por procurar nas livrarias, mas não encontrei nada muito adequado a estas idades.
Depois pesquisei na net e acabei por encomendar uns livros com imagens, autocolantes e uma página de biografia em inglês (para ela tanto faz ser em inglês ou japonês, pois ela ainda não sabe ler) . Várias semanas depois, quando chegaram, fizeram um sucesso. Pertencem a uma colecção de "Sticker Art Shapes", ou seja, autocolantes para reproduzir quadros famosos. De um lado da página está o "original", do outro está um modelo para completar com os autocolantes.
Recentemente, acabei por aumentar a nossa colecção, pois na Bertrand do Vasco da Gama, enquanto esperava na fila para pagar, vi numa bancada mais livros desta mesma colecção pelos mesmos 7 euros. E não resisti.
Há dias, sugeri que fizessem um concurso: cada um deles escolhia um quadro e eu dava a partida. Ganhava quem completasse a imagem com os autocolantes certos e nas posições certas mais rapidamente. Ele de 7 e ela de 4 adoraram. Fica a ideia.
Ana Soares
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domingo, 8 de maio de 2011
Parabéns e bom domingo
Feliz aniversário para os Joões, os Josés, as Marias e todos os que nasceram em Maio que, por estas bandas, é muito gente!
sábado, 7 de maio de 2011
What the Finns need to know about Portugal
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sexta-feira, 6 de maio de 2011
Português ou Língua Portuguesa?
Não vale a pena discutir qual a designação mais adequada ou da qual mais gostamos. O que é um facto é que a disciplina de língua materna nas nossas escolas, no Ensino Básico e a partir de Setembro próximo, passa a ter um programa com a designação de Português. Esta é já a designação da disciplina no ensino secundário. E, de facto, não faz sentido algum que até ao nono ano tenhamos uma designação e depois outra.
Ana Soares
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Novo Acordo Ortográfico nos exames nacionais e provas de aferição
"Havendo escolas em que os alunos já contactam com as novas regras ortográficas, uma vez que o Acordo já foi ratificado e dado que qualquer cidadão, nesta fase de transição, pode optar pela ortografia prevista quer no Acordo de 1945, quer no de 1990, são consideradas correctas, na codificação das provas de aferição e na classificação das provas de exame nacional, as grafias que seguirem o que se encontra previsto em qualquer um destes normativos."
Esta informação está disponível do site do GAVE e esclarece quaisquer dúvidas que possam ainda existir quanto à utilização do Novo Acordo Ortográfico nas provas de aferição e exames nacionais de 2011.
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quarta-feira, 4 de maio de 2011
A Cabana Mágica
A colecção "A Cabana Mágica" [no original "Magic Tree House"] é uma das mais populares e mais bem-sucedidas colecções norte-americanas de ficção infantil. Iniciada em 1992, conta já com 44 títulos publicados e um impressionante total de 53 milhões de exemplares vendidos só nos E.U.A., a que se juntam outros 10 milhões no resto do mundo! Para já, em Portugal, só temos 4 títulos traduzidos. A colecção gira em torno das aventuras de dois irmãos, o João e a Ana (Jack e Annie, no original), os quais descobrem no jardim de casa uma cabana mágica que, em cada livro, os transporta para uma época passada ou um país distante. A edição portuguesa inclui ilustrações originais encomendadas propositadamente para o efeito e da autoria de Nikola Raspopovic, um jovem ilustrador de origem sérvia radicado em Portugal, que surpreende pela expressividade e graciosidade do traço.
Foi com esta colecção que a leitura a meias terminou cá em casa. Ele, no 2º ano, e que hoje faz 8 anos, começou agora a ler sozinho e no final 'empresta-nos' os livros para lermos. Se fico muito orgulhosa e feliz de o ver devorar estas pequenas aventuras - na cama, sala de espera do consultório ou banco do jardim- é com alguma nostalgia que vejo estes momentos a três ( eu, ele e um livro) a chegar ao fim. Resta-me o consolo de ainda querer deitar-se comigo na cama de rede, mas agora cada um com o seu livro.
Resta saber até quando...Adivinho que seja até à adolescência...
Ana Soares
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segunda-feira, 2 de maio de 2011
Carga horária de Port. e Mat.
"A dispersão disciplinar, a cargas horárias mal distribuídas, a quantidade de docentes e a consequente dificuldade em articular e integrar tudo isto convergem no princípio de ensinar mal um pouco de tudo, quando seria preferível ensinar bem o que é fundamental. Esse mesmo princípio conduz à desvalorização do que considero serem os saberes axiais e estruturantes das aprendizagens: o Português e a Matemática".
David Justino, Difícil é Educá-los, p. 77
Comparem-se as horas dedicadas a estas duas disciplinas nos países da OCDE:
Dos 9 aos 11 anos - correspondente aproximado ao 2º ciclo
Leitura e escrita - Portugal 15 h / Média OCDE 23 h
Matemática - Portugal 12 h / Média OCDE 16 h
domingo, 1 de maio de 2011
Porta-viagens, um projecto inovador para o 5º ano
Porque desejamos tornar a nossa língua e a disciplina de Português mais apetecível, convidamo-vos a olhar para este novo projeto: Porta-viagens.
Este é um post um pouco a olhar para o "meu umbigo", é verdade, mas não resisto. É que, finalmente, neste novo ano lectivo, o projeto que partilho com a colega Marta Branco vai chegar às escolas. Trata-se de um manual de Português para o 5º ano. O mesmo nasceu de um convite da Texto Editores e da muita vontade de criar um projecto inovador, apoiando os professores na árdua tarefa de motivar os alunos em ano de transição entre ciclos (do 1º para o 2º) e de regime (pois aqui os miúdos passam de um regime de monodocência para um mundo de inúmeras disciplinas e novos professores).
Este é um post um pouco a olhar para o "meu umbigo", é verdade, mas não resisto. É que, finalmente, neste novo ano lectivo, o projeto que partilho com a colega Marta Branco vai chegar às escolas. Trata-se de um manual de Português para o 5º ano. O mesmo nasceu de um convite da Texto Editores e da muita vontade de criar um projecto inovador, apoiando os professores na árdua tarefa de motivar os alunos em ano de transição entre ciclos (do 1º para o 2º) e de regime (pois aqui os miúdos passam de um regime de monodocência para um mundo de inúmeras disciplinas e novos professores).
E, modéstia à parte, acho que fomos bem sucedidas.
O projeto intitula-se Porta-viagens e é exactamente em torno deste conceito da viagem que o mesmo se desenvolve.
Acreditamos que as aulas de Português devem ser sempre viagens diversificadas, embora com etapas potencialmente previsíveis (as cinco competências).
Pretendemos, por isso, oferecer um guia seguro a professores e alunos.
Deste modo, tal como numa viagem real, podemos fazer uma exploração exaustiva de um tema e competência ou, em alternativa, podemos querer fazer uma viagem com fins mais particulares, decidindo determo-nos em determinada competência que os alunos precisam de desenvolver.
É assim o Porta-viagens: um projecto de viagens completas e exaustivas. O professor, ao jeito de guia da viagem, pode manipular e adaptar o percurso proposto à sua realidade e às necessidades particulares dos seus alunos.
Esperamos que todos possam fazer uma boa viagem pela Língua Portuguesa com o nosso Porta-viagens!
Ana Soares
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Eu sei tudo sobre mamãs
que as mamãs gostam de ter tudo muito bem arrumado.
Mas eu digo que nem sempre é bem assim.
A minha mamã nunca encontra o que procura na sua grande mala.
Os crescidos dizem
que as mamãs fazem boas sobremesas.Mas eu acho que não é bem assim.
A minha mamã é uma fada que sabe transformar
a farinha, o açucar e o chocolate num bolo."
E é assim, neste ritmo descontrutivo da imagem clássica da mamã, a partir dos olhos de uma criança, que a Presença nos oferece momentos de grande ternura e boa disposição para celebrar este dia maravilhoso, o DIA DA MÃE.
Ana Soares
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