"Este livro tem poros. Podemos pô-lo sob um microscópio. Sob a lente, notará ávida, uma agitação constante. Quanto mais poros há, mais os detalhes são vivos, sinceramente anotados por centímetro quadrado sobre uma folha de papel e maior será a verdadeira «literatura». Pelo menos, é a minha definição. Dar detalhes, detalhes tomados à vida. Os bons escritores tocam frequentemente a vida com os dedos. Os medíocres apenas a afloram, de passagem. E os maus violam-na e abandonam-na às moscas."
Ray Bradbury, Fahrenheit 451, Tradução de Mário Henrique Leiria, col. mil folhas,Público, p.87
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