Limpar o pó
Como se ontem e os dias antes de ontem
se tivessem desfeito sobre as prateleiras,
como se pudéssemos escrever palavras
nas suas cinzas com a ponta do dedo,
como se bastasse soprar para vermos
as suas imagens de novo, numa nuvem.
José Luís Peixoto, Gaveta de Papéis
(obra reeditada em setembro de 2011, Prémio Daniel Faria 2008)
Sem comentários:
Enviar um comentário