quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A classe média que pague a crise

"Os pais fizeram as contas. Com os transportes públicos caros e sem passe social para os filhos, a despesa é incomportável. Sai mais barato irem todos no carro. Levarem e trazerem os filhos à escola. Têm lhes explicado, na televisão (jornais já não podem comprar), que é uma questão de justiça social. Eles não são pobres e o Estado a quem eles entregam uma parte significativa dos seus salários é para pobres (e para os bancos). Isto apesar de saberem que os pobres viram as suas prestações sociais reduzidas e os bancos, pelo contrário, podem sempre contar com dinheiros públicos. Mas adiante. Eles tomam a decisão economicamente racional de deixar de usar os transportes coletivos. Eles e os remediados que ainda optavam por eles. Mais uns milhares de carros na cidade. A poluír. A engarrafar o tráfego. A levar, com o tempo e a energia que se perde, a uma redução da produtividade. A fazer perder tempo. A obrigar a importar mais combustível e a piorar a nossa balança comercial. A degradar as vias públicas, obrigando a maior investimento do Estado em manutenção. A encher passeios, porque não há lugar para estacionar."

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1 comentário:

  1. é assustador ver as repercussões que estas medidas estão a ter... tanto a nível individual como colectivo. Todos, de alguma maneira, directa ou tangencial, seremos afectados.

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