quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Tweenies. Sabe o que são?

"O termo deriva da palavra inglesa between. É tweenie quem já não é criança mas ainda não é adolescente. É tweenie quem está nessa confusa terra de ninguém, um campo minado de estímulos alimentado a música e a Internet. "

Leia o excelente texto de Susana Almeida Ribeiro, no Público, para descobrir mais.

Do texto, destaco o seguinte parágrafo com as palavras de Mário Cordeiro, onde ele distingue os rapazes e as raparigas desta nova etapa, ensanduichada entre a infância e a adolescência.
 
“Elas são mais responsáveis, plurifuncionais, fisicamente mais calmas, organizam-se à volta do ‘ser’ e do ‘parecer’ e expressam-se em mais palavras, tendo mais tendência para comentar e ‘intrigar’.
Eles são mais básicos, irresponsáveis, bons rapazes mas cabeça no ar, organizam-se à volta do ‘ter’, numa afirmação fálica, são monofuncionais, distraindo-se facilmente, são mais lacónicos e não tendem a ser muito profundos. Mas isto é no geral, não visa cada caso em particular”

3 comentários:

  1. Estou completamente desfasada - ou melhor, os meus filhos mais velhos devem estar desfasados. Ele (com 11 anos) e ela (com 9)vêem apenas episodicamente um ou dois dos programas de tv citados, nunca ouviram o Justin Bieber, vão às compras duas vezes por ano para experimentar calçado, não vêem anúncios, praticamente não utilizam a internet... será por isso que ainda são, como em qualquer lugar do mundo não-ocidental e em qualquer momento da história, crianças?

    (mas em contrapartida brincam na rua à chuva, vão a pé para todo o lado, sabem acender fósforos sem se queimar, montar tendas com estacas e espias, ir à mercearia fazer recados, ler o mapa do metro... e vivem no centro de Lisboa)

    O mundo virtual é que constrói os tweenies... e cada vez mais os adolescentes e (certos) adultos...

    Marta Amaral, Lisboa

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  2. tão bom serem miúdos saudáveis!!! Parabésn! BW

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  3. Obrigada, Bárbara ;)

    Faz-me impressão que cada vez se viva mais de acordo com os ditames dos departamentos de marketing das grandes empresas (desde os produtos alimentares até aos telemóveis).
    Nós, adultos, ainda podemos escolher. Os miúdos, por definição, não.

    A precocidade e a "liberdade de escolha" acabam por ser falácias porque não são acompanhadas de um desenvolvimento geral harmonioso e, sim, natural...

    A crise será uma boa oportunidade para regressarmos a alguma simplicidade, frescura e sujidade na infância. Um miúdo de dez anos que não consome não é um tweenie, é simplesmente um miúdo.

    Marta

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