Esta semana, abre oficialmente a nova época de exames, com os alunos do 4.º e 6.º anos a serem avaliados.
As provas finais de ciclo de Matemática e Português visarão atestar o conhecimento adquirido e as competências desenvolvidas ao longo dos respetivos ciclos. Psicólogos e professores concordarão na importância da avaliação e nos processos cognitivos que a mesma gera, consolidando os saberes. Todavia, a grande questão que estes exames e provas finais nos colocam é em tudo semelhante à que se nos colocou em anos anteriores e diz respeito a esta espécie de obsessão que está a tomar conta da nossa Escola, que tudo quer avaliar e certificar, ainda que:
- com programas/metas discutíveis e controversos;
- timmings desadequados aos do ritmo das escolas;
- professores sobrecarregados com tarefas letivas e reuniões de classificação de provas, etc.
Todos conhecemos escolas onde, no 1.º ciclo, o Estudo do Meio foi relegado para segundo plano, a fim de preparar os meninos para as provas; todos ouvimos falar nas escolas que interrompem atividades letivas a fim de organizar o processo de avaliação; todos vimos notícias sobre a angústia dos professores, nomeadamente de matemática, decorrente da dificuldade em"dar" [literalmente "dar"] o programa até ao fim antes do exame, assumindo que é impossível treinar, deixar que os alunos interiorizem processos, muitos deles desadequados aos estádios de desenvolvimento, aspecto este em que, uma vez mais, professores e psicólogos estão de acordo.
Todos sabemos dos erros que estão a ser cometidos. Mas parece que "quem de direito" continua a insistir nesta cultura do pretenso rigor da avaliação.
A todos, professores e alunos, votos de uma boa época de exames!
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