«Bons resultados escolares não conjugam por norma com “professores muito desmotivados e zangados”. E é neste estado de espírito, palpável nas escolas públicas, que a directora do Colégio Moderno, de Lisboa, Isabel Soares, encontra uma das razões que levaram este ano a mais um recuo daquelas no ranking das secundárias, que no PÚBLICO é elaborado com base nas médias obtidas nos oito exames mais concorridos.
Os colégios não se podem queixar de tal. Para
além de estável, no Moderno o corpo docente também “acredita no projecto
educativo” do colégio, frisa Isabel Soares em declarações ao PÚBLICO.
O Moderno ocupa o segundo lugar no ranking
das secundárias de 2014, com um média de 14,2 valores (numa escala de 0
a 20). O primeiro volta a pertencer ao colégio Nossa Senhora do
Rosário, no Porto, com um resultado de 14,41.A frase que destaco a negrito aplica-se, em primeiro lugar, à dança de professores do público, como o título, bem interessante, do texto invoca. Refere-se, depois, a todas as dificuldades pelas quais os docentes do ensino público têm vindo a passar (de onde destaco o recente e vergonhoso processo de colocação, com consequências, em alguns casos, irremediáveis para os alunos). Aplica-se, ainda, ao ensino privado, cujo sucesso decorre não apenas das condições socio-económicas dos alunos que o frequentam (como muitas vezes é sugerido), mas depende em muito da adesão e dedicação de professores motivados por projetos educativos diferenciados, equipas coesas, valorização do trabalho de todos e de cada um.
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