terça-feira, 10 de maio de 2016

Sobre o buzinão no Marquês e o devolver a cidade aos lisboetas

Gosto da ideia de um Eixo Central cheio de árvores, como de uma Segunda Circular cheia de pássaros. Gosto da ideia das esplanadas, das bicicletas, dos transeuntes a caminharem e a viverem a sua cidade.
Já quase se tornou um hábito, quando não chove, sair de casa, apanhar a Duque d'Ávila, ir ao mercado biológico ou ao corte inglès pela ciclovia, que a calçada dá-me cabo dos pés, para fazer umas compras pequenas. Portanto, também me imagino a fazer outros percursos a pé. Mas isso sou eu que vivo no centro da cidade. E os outros? Vêm a pé de Telheiras ou de Alcântara? E os que não moram em Lisboa (diz que são cada vez menos por culpa do preço das rendas) vêm a pé de Sintra, do Montijo (vêm a nado), de Cascais ou de Vila Franca de Xira?
O objectivo é que deixemos os carros e o nosso conforto à porta de casa e usemos os transportes públicos. Por isso, antes ainda das obras, deveriam invistir em bons transportes públicos, com muitos horários, motoristas sorridentes e passes baratos – sim porque os transportes são caros e contas feitas, por vezes, vale mais andar de carro do que com o cotovelo de alguém espetado nas nossas costas e o nariz debaixo do sovaco do vizinho.
E, já agora, para quando o regresso dos passes com desconto para os estudantes? Tenho lá dois em casa... Por caridade, tenham a bondade de me auxiliar...
BW

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