... transformo-me em editora de Life&Style! Passei uma semana a escrever e a mandar escrever sobre moda (quem me conhece sabe que esta não é uma área que me preocupe...), bem-estar (ui), gastronomia (hum...), pessoas (blerc!) e famílias e relações! Claro que esta última foi a área mais explorada de segunda a sexta-feira!
Peçam-me temas sobre famílias e eu deito-os por todos os poros! Afinal tem tudo a ver com educação!
É espreitar!
Bom fim-de-semana!
B
sexta-feira, 28 de junho de 2013
E quando a educação não é a minha preocupação...
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terça-feira, 25 de junho de 2013
Calendário Escolar 2013-14
Foi hoje publicado o despacho sobre o próximo ano escolar. Pode ler mais aqui.
A destacar: o recuo quanto ao número de dias de interrupção letiva no natal e as datas dos exames e provas finais de ciclo.
Quanto ao calendário dos exames, sublinho o facto das provas finais do 4.º e do 6.º ano serem nos mesmos dias, de manhã as do 1.º ciclo e de tarde as do 2.º ciclo, a saber:
- Português, 19 de maio;
- Matemática, 21 de maio.
Quanto ao 9.º ano, as provas são em junho, dia 17 a de Português e dia 23 a de Matemática.
Os exames nacionais do Ensino Secundário têm início dia 17 de junho, com Filosofia. O exame de Português é dia 18 e o de Matemática A é dia 26 de junho.
A destacar: o recuo quanto ao número de dias de interrupção letiva no natal e as datas dos exames e provas finais de ciclo.
Quanto ao calendário dos exames, sublinho o facto das provas finais do 4.º e do 6.º ano serem nos mesmos dias, de manhã as do 1.º ciclo e de tarde as do 2.º ciclo, a saber:
- Português, 19 de maio;
- Matemática, 21 de maio.
Quanto ao 9.º ano, as provas são em junho, dia 17 a de Português e dia 23 a de Matemática.
Os exames nacionais do Ensino Secundário têm início dia 17 de junho, com Filosofia. O exame de Português é dia 18 e o de Matemática A é dia 26 de junho.
Professores portugueses são dos que mais tempo passam a dar aulas
O Relatório Education at a Glance foi hoje conhecido. Saiba as principais conclusões aqui.
segunda-feira, 24 de junho de 2013
1.ª Feira do Livro da Vila Literária de Óbidos
Um passeio por Óbidos levou-nos a redescobrir a Igreja de Santiago, agora transformada numa livraria, no âmbito do projeto Óbidos Vila Literária, iniciativa da "Ler Devagar".
Já na autoestrada se avista no meio do casario a igreja de fachadas brancas e moldura cinzenta. Do lado de dentro das muralhas, seguindo pela rua principal, avista-se de mais perto a igreja, cujos degraus da entrada logo nos convidam a uma visita. Mas, desta feita, embora não seja um encontro religioso que nos espera, este é também um encontro espiritual. Conjugam-se de forma harmoniosa os elementos do sagrado, que não nos deixam esquecer que estamos numa igreja, com as modernas estantes que criam cantos e recantos no espaço.
Uma livraria bem recheada de clássicos e com as mais recentes novidades editoriais. Também lá encontrámos a coleção Olimpvs.net, na secção destinada aos mais jovens.
Até domingo, decorre a 1.ª Feira do Livro da Vila Literária de Óbidos. Se não for à praia, aproveite e passe por Óbidos!
Já na autoestrada se avista no meio do casario a igreja de fachadas brancas e moldura cinzenta. Do lado de dentro das muralhas, seguindo pela rua principal, avista-se de mais perto a igreja, cujos degraus da entrada logo nos convidam a uma visita. Mas, desta feita, embora não seja um encontro religioso que nos espera, este é também um encontro espiritual. Conjugam-se de forma harmoniosa os elementos do sagrado, que não nos deixam esquecer que estamos numa igreja, com as modernas estantes que criam cantos e recantos no espaço.
Uma livraria bem recheada de clássicos e com as mais recentes novidades editoriais. Também lá encontrámos a coleção Olimpvs.net, na secção destinada aos mais jovens.
Até domingo, decorre a 1.ª Feira do Livro da Vila Literária de Óbidos. Se não for à praia, aproveite e passe por Óbidos!
sexta-feira, 21 de junho de 2013
APP diz que gramática do 9.º ano era mais difícil que a do 12.º
A Associação de Professores de Português diz que no exame da disciplina para o 9.º ano, realizado ontem, a gramática era mais difícil do que a do 12.º ano.
Lá em casa há uma aluna que teve oito pontos em 20 previstos para o funcionamento da língua, vulgo gramática - isto não prova que tenha sido difícil, mas que não estava preparada. Ainda assim, gostou de fazer o exame.
Achou os textos interessantíssimos: "Eu queria ler mais!", confessou. Gostou do poema de Miguel Torga: "Deve ser porque eu gosto do mar!". Sabia que o excerto de Camões era do Adamastor que é das partes mais "emocionantes". Não teve qualquer dificuldade em interpretá-los, gostou de fazer a composição, "estava mesmo inspirada!". E, no final do exame, sentia-se feliz.
É o que se quer, exames que façam alunos felizes! Assim seja com Matemática.
B
Lá em casa há uma aluna que teve oito pontos em 20 previstos para o funcionamento da língua, vulgo gramática - isto não prova que tenha sido difícil, mas que não estava preparada. Ainda assim, gostou de fazer o exame.
Achou os textos interessantíssimos: "Eu queria ler mais!", confessou. Gostou do poema de Miguel Torga: "Deve ser porque eu gosto do mar!". Sabia que o excerto de Camões era do Adamastor que é das partes mais "emocionantes". Não teve qualquer dificuldade em interpretá-los, gostou de fazer a composição, "estava mesmo inspirada!". E, no final do exame, sentia-se feliz.
É o que se quer, exames que façam alunos felizes! Assim seja com Matemática.
B
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quinta-feira, 20 de junho de 2013
Critérios de classificação - prova final de ciclo de Português
Hoje foi um dia em cheio nas escolas! Prova final de ciclo de Português do 6.º ano de manhã e do 9.º à tarde.
Duas provas bem estruturadas, número de questões e grau de dificuldade adequados. Dentro do esperado!
No entanto, pareceu-me quase que o texto informativo da prova do 6.º ano era mais acessível e menos técnico do que o texto escolhido em maio para a prova final do 4.º ano... Creio que é preciso ter particular cuidado na escolha destes textos, pois o léxico assim como as temáticas destes podem, de alguma forma, condicionar as reações e capacidade de respostas dos alunos.
Outra curiosidade, Afonso Cruz e o jornal Público voltam a estar presentes nos exames.
Boa escolha, claro!
Os critérios de classificação estão disponíveis aqui.
Duas provas bem estruturadas, número de questões e grau de dificuldade adequados. Dentro do esperado!
No entanto, pareceu-me quase que o texto informativo da prova do 6.º ano era mais acessível e menos técnico do que o texto escolhido em maio para a prova final do 4.º ano... Creio que é preciso ter particular cuidado na escolha destes textos, pois o léxico assim como as temáticas destes podem, de alguma forma, condicionar as reações e capacidade de respostas dos alunos.
Outra curiosidade, Afonso Cruz e o jornal Público voltam a estar presentes nos exames.
Boa escolha, claro!
Os critérios de classificação estão disponíveis aqui.
Exames de Matemática do básico: nova data
Afinal, não pareceu assim tão difícil ao Governo alterar a data dos exames de Matemática dos 6.º e 9.º anos, como foi para Português do 12.º ano.
Constança Cunha e Sá, na TVI, explica as arbitrariedades do Executivo de Passos Coelho e dos "meninos da JSD":
BW
Constança Cunha e Sá, na TVI, explica as arbitrariedades do Executivo de Passos Coelho e dos "meninos da JSD":
BW
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terça-feira, 18 de junho de 2013
Exames: os direitos dos alunos
Não há dúvida que cada um vê o que lhe convém.
Marcelo Rebelo de Sousa, ouvido pela Lusa esta tarde, diz que a greve dos professores aos exames foi uma “vitória dos direitos dos estudantes”.
“Foi objectivamente uma vitória dos direitos dos estudantes, uma vez que a maioria esmagadora conseguiu fazer exames”, disse. Contudo, lamentou que “quem ler os jornais de hoje e tiver visto as televisões de ontem (segunda-feira) achará que foi exactamente o contrário”.
É que foi exactamente o contrário! Os jornais e as televisões não mentem, reflectem a realidade.
Que vitória é esta quando houve estudantes que fizeram e outros não; quando houve uso de telemóveis, tentativas de interrupção da prova, exames feitos em salas que não de aulas ou com mais de 15 alunos por sala; com professores que não fazem a mínima ideia de como se comportar numa situação de exame? Que vitória é esta quando houve estudantes revoltados que invadiram as escolas, os corredores, incitando os colegas a não fazer, perturbando os que estavam a fazer a prova? Que vitória para os que fizeram o exame nestas condições? Que vitória é essa quando haverá 18 mil alunos com duas semanas para estudar e com um exame "fora de época" que pode comprometer a sua entrada no ensino superior?
"Vitória dos direitos dos estudantes"?
Os professores perderam? Ao que sei, continuam a fazer greve às avaliações para desespero do ministério e dos directores das escolas. Portanto, continuam a lutar.
O ministério perdeu? Perdeu a face, revelou o espírito vingativo que é a imagem de marca deste Governo. O castigo, senhores, o castigo aos portugueses que são uns gastadores, despesistas, que vivem acima das suas possibilidades. O castigo dos filhos dos portugueses, aqueles que estão a estudar para abandonar o país porque não há alternativas.
E, ontem, foram eles que perderam. Para eles não houve vitória dos direitos, só derrotas.
BW
Marcelo Rebelo de Sousa, ouvido pela Lusa esta tarde, diz que a greve dos professores aos exames foi uma “vitória dos direitos dos estudantes”.
“Foi objectivamente uma vitória dos direitos dos estudantes, uma vez que a maioria esmagadora conseguiu fazer exames”, disse. Contudo, lamentou que “quem ler os jornais de hoje e tiver visto as televisões de ontem (segunda-feira) achará que foi exactamente o contrário”.
É que foi exactamente o contrário! Os jornais e as televisões não mentem, reflectem a realidade.
Que vitória é esta quando houve estudantes que fizeram e outros não; quando houve uso de telemóveis, tentativas de interrupção da prova, exames feitos em salas que não de aulas ou com mais de 15 alunos por sala; com professores que não fazem a mínima ideia de como se comportar numa situação de exame? Que vitória é esta quando houve estudantes revoltados que invadiram as escolas, os corredores, incitando os colegas a não fazer, perturbando os que estavam a fazer a prova? Que vitória para os que fizeram o exame nestas condições? Que vitória é essa quando haverá 18 mil alunos com duas semanas para estudar e com um exame "fora de época" que pode comprometer a sua entrada no ensino superior?
"Vitória dos direitos dos estudantes"?
Os professores perderam? Ao que sei, continuam a fazer greve às avaliações para desespero do ministério e dos directores das escolas. Portanto, continuam a lutar.
O ministério perdeu? Perdeu a face, revelou o espírito vingativo que é a imagem de marca deste Governo. O castigo, senhores, o castigo aos portugueses que são uns gastadores, despesistas, que vivem acima das suas possibilidades. O castigo dos filhos dos portugueses, aqueles que estão a estudar para abandonar o país porque não há alternativas.
E, ontem, foram eles que perderam. Para eles não houve vitória dos direitos, só derrotas.
BW
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segunda-feira, 17 de junho de 2013
Exame Nacional de Português 2013 - critérios
Foi uma manhã conturbada. E nem todos fizeram este exame...
Mas o objetivo deste post é o de comentar o exame, pois aqui vai:
a prova é adequada ao programa. Apresenta um poema de Reis, ilustrativo das suas principais características, no Grupo I. O questionário e respetiva cotação são equilibrados. O texto B, sobre a natureza em Caeiro foi, certamente, tema que todos os alunos estudaram!
Na gramática, Grupo II, não registei ambiguidades ou perguntas desadequadas.
Por fim, o tema do texto argumentativo era particularmente interessante. Os alunos que fizeram a prova pareciam satisfeitos.
Enquanto aguardamos que os critérios de classificação do GAVE fiquem disponíveis, aqui estão as soluções do grupo II (versão I):
1.1. C
1.2. B
1.3. C
1.4. C
1.5. D
1.6. D
1.7. A
2.1. subordinada completiva
2.2. "O que tenho a dizer"
2.3. predicativo do sujeito
Mas o objetivo deste post é o de comentar o exame, pois aqui vai:
a prova é adequada ao programa. Apresenta um poema de Reis, ilustrativo das suas principais características, no Grupo I. O questionário e respetiva cotação são equilibrados. O texto B, sobre a natureza em Caeiro foi, certamente, tema que todos os alunos estudaram!
Na gramática, Grupo II, não registei ambiguidades ou perguntas desadequadas.
Por fim, o tema do texto argumentativo era particularmente interessante. Os alunos que fizeram a prova pareciam satisfeitos.
Enquanto aguardamos que os critérios de classificação do GAVE fiquem disponíveis, aqui estão as soluções do grupo II (versão I):
1.1. C
1.2. B
1.3. C
1.4. C
1.5. D
1.6. D
1.7. A
2.1. subordinada completiva
2.2. "O que tenho a dizer"
2.3. predicativo do sujeito
Quando se lançam professores uns contra os outros
Já aconteceu no passado. Com os professores-professores e os professores-titulares, os professores de 1.ª e os de 2.ª. Agora, com esta greve, o ministério volta a colocar os docentes uns contra os outros: os que deviam ter estado dentro das salas de aulas, ao lado dos seus alunos; os que sabem as regras por que se regem os exames e os que não sabem e, por exemplo, deixaram os estudantes sair antes da hora ou que começaram um quarto de hora depois. Entre os professores da escola, os do secundário, e os professores do agrupamento, que vieram do 1.º ou do 2.º ciclos. É assim que o ministro do rigor e da exigência defende que os exames devem ser feitos ou estes tinham de ser realizados a todo o custo?
20 mil ficaram sem fazer exame de Português, fica para 2 de Julho. Os alunos protestam e os pais também. Sabia que as escolas têm livro de reclamações?
BW
20 mil ficaram sem fazer exame de Português, fica para 2 de Julho. Os alunos protestam e os pais também. Sabia que as escolas têm livro de reclamações?
BW
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domingo, 16 de junho de 2013
Terrorismo na abertura da época dos exames
Ouvir o ministro da Educação na sexta-feira, depois das negociações com os sindicatos; ou ouvi-lo este domingo no Jornal da SIC é revoltante. Pede para que não haja "alarmismo" mas não dá qualquer informação que acalme as famílias.
Não dar uma resposta sobre o que é que se vai passar nas escolas onde os alunos não farão exames é terrorismo. Terrorismo para os alunos e para as famílias que não sabem o que vai acontecer - tão preocupado que Nuno Crato estava com os alunos serem joguetes nas mãos dos professores, afinal também o podem ser nas mãos do ministério.
Terrorismo é os alunos do privado terem garantida a exequibilidade do exame de Português e os do público não. Estarão em melhores condições para ingressar no ensino superior? Vão fazer com que as suas escolas fiquem bem na fotografia dos rankings ao contrário do ensino público (dando razão à tutela, na necessidade de intervir com mão de ferro)? Pelo menos, os alunos do privado não passaram pelo stress que os do público estão a passar: em véspera de exame não sabem se, amanhã, quando chegarem à escola, estará lá alguém para os chamar para as salas, para distribuir as provas, para as vigiar. As condições são iguais para todos? Não. Por teimosia do ministério.
Terrorismo é também o que a tutela pede aos directores e aos professores que façam amanhã - que tentem dar, a todo o custo, os exames aos alunos, nem que sejam os próprios directores a fazê-lo. É exequível? Provavelmente sim, mas provavelmente não.
Sei de professores que se preparavam para trabalhar amanhã mas com a exigência de estar todo o corpo docente presente na escola, o que se vai passar é que vão ser todos postos numa sala e, um a um, vai-lhes ser perguntado se vão fazer greve e, dizem eles, perante a pressão dos colegas vão dizer que sim, que vão aderir. Portanto, o tiro pode sair pela culatra ao ministério.
Há uns dias, diria (como disse no post anterior) que os professores iam perder a opinião pública. Neste momento não estou tão certa disso.
Este braço de ferro podia ter sido evitado? Sim, pelo ministério. Não sei quem diz verdade, mas se a Fenprof vai mesmo pedir as gravações das negociações e as vai divulgar para que se confirme que garantiram que não farão greve a nenhum outro exame, então o ministério perde em todas as frentes - como perdeu com a ideia da requisição civil, do tribunal arbitral e da oportunidade que teve em mudar esta data de exame. Teimosia terrorista.
BW
Não dar uma resposta sobre o que é que se vai passar nas escolas onde os alunos não farão exames é terrorismo. Terrorismo para os alunos e para as famílias que não sabem o que vai acontecer - tão preocupado que Nuno Crato estava com os alunos serem joguetes nas mãos dos professores, afinal também o podem ser nas mãos do ministério.
Terrorismo é os alunos do privado terem garantida a exequibilidade do exame de Português e os do público não. Estarão em melhores condições para ingressar no ensino superior? Vão fazer com que as suas escolas fiquem bem na fotografia dos rankings ao contrário do ensino público (dando razão à tutela, na necessidade de intervir com mão de ferro)? Pelo menos, os alunos do privado não passaram pelo stress que os do público estão a passar: em véspera de exame não sabem se, amanhã, quando chegarem à escola, estará lá alguém para os chamar para as salas, para distribuir as provas, para as vigiar. As condições são iguais para todos? Não. Por teimosia do ministério.
Terrorismo é também o que a tutela pede aos directores e aos professores que façam amanhã - que tentem dar, a todo o custo, os exames aos alunos, nem que sejam os próprios directores a fazê-lo. É exequível? Provavelmente sim, mas provavelmente não.
Sei de professores que se preparavam para trabalhar amanhã mas com a exigência de estar todo o corpo docente presente na escola, o que se vai passar é que vão ser todos postos numa sala e, um a um, vai-lhes ser perguntado se vão fazer greve e, dizem eles, perante a pressão dos colegas vão dizer que sim, que vão aderir. Portanto, o tiro pode sair pela culatra ao ministério.
Há uns dias, diria (como disse no post anterior) que os professores iam perder a opinião pública. Neste momento não estou tão certa disso.
Este braço de ferro podia ter sido evitado? Sim, pelo ministério. Não sei quem diz verdade, mas se a Fenprof vai mesmo pedir as gravações das negociações e as vai divulgar para que se confirme que garantiram que não farão greve a nenhum outro exame, então o ministério perde em todas as frentes - como perdeu com a ideia da requisição civil, do tribunal arbitral e da oportunidade que teve em mudar esta data de exame. Teimosia terrorista.
BW
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Um lider sabe gerar consensos
Um líder sabe gerar consensos. E qualquer ministro é um líder e representante. O da Educação não é exceção. Deve liderar a Escola, bem maior de qualquer sociedade contemporânea. E a Escola são os alunos, são os pais, todos os que participam do processo educativo e são os professores!
A greve é um direito. Os motivos desta que se vive são óbvios. Mas amanhã, aqueles que criticarem os professores pelos exames que ficarem por fazer devem recordar-se que aquele que teria tido a possibilidade de colocar todos os alunos em igualdade de circunstâncias o não fez. Nuno Crato não soube gerar consensos, não soube dialogar e não remarcou o exame. Amanhã, quem não entender os motivos da greve dos professores não deve, pelo menos, criticá-los apenas a eles.
A greve é um direito. Os motivos desta que se vive são óbvios. Mas amanhã, aqueles que criticarem os professores pelos exames que ficarem por fazer devem recordar-se que aquele que teria tido a possibilidade de colocar todos os alunos em igualdade de circunstâncias o não fez. Nuno Crato não soube gerar consensos, não soube dialogar e não remarcou o exame. Amanhã, quem não entender os motivos da greve dos professores não deve, pelo menos, criticá-los apenas a eles.
quinta-feira, 13 de junho de 2013
A greve dos professores
O que me faria fazer greve, se eu fosse professora?
A mobilidade, o não querer ser despedida, o não querer trabalhar mais horas porque já trabalho muitas, o não querer ter mais alunos por sala.
Se fosse professora no privado também teria argumentos para aderir à greve: a proposta é que trabalhe mais horas por menos dinheiro.
Mas estas não são as únicas razões que me levariam à greve. Há outras.
O retrocesso que as metas introduzem, o discurso passadista do ministro na defesa da memorização contra o aprender e o gostar de aprender - queremos alunos a debitar ou alunos a pensar? é mais confortável tê-los a debitar, eu sei, mas é com debitadores que se constrói uma sociedade democrática?
O querer uma escola inclusiva e para todos, educação cívica, educação artística, educação visual e tecnológica, educação física a contar para a média, um Plano Nacional de Leitura e uma Rede de Bibliotecas Escolares a funcionar condignamente, o querer uma escola com projectos, com clubes e ateliers. Em suma, lutaria por uma escola de qualidade com tudo e com todos.
Apesar de todas estas razões há uma só que me levaria a pensar na não adesão à greve: os alunos.
Se eu fosse professora tinha estado um ano inteiro a trabalhar com os meus alunos, a avaliá-los continuamente e agora não lhes dava as notas finais? Tinha estado um ano lectivo, um ciclo, a prepará-los para responder aos exames e negava-lhes a oportunidade de os fazerem? Falhava com eles e falhava comigo?
Uma greve que envolve estudantes não é o mesmo que uma greve de transportes. Se não houver metro, vou de carro ou trabalho a partir de casa.
Uma greve às avaliações e aos exames é dar razão a um ministro que diz que os professores estão a usar os alunos como escudos. É voltar a por a sociedade toda contra os professores, tal como aconteceu com a avaliação. É mostrar que, de facto, os professores só estão preocupados com as suas carreiras e mais nada, mesmo que digam que é a qualidade da escola pública e os alunos que os faz marcar greve, ninguém acredita porque os professores existem para ensinar, para avaliar, para examinar e para corrigir os exames. De quem? Dos estudantes. E se estão a fazer greve, estão a anular-se.
BW
A mobilidade, o não querer ser despedida, o não querer trabalhar mais horas porque já trabalho muitas, o não querer ter mais alunos por sala.
Se fosse professora no privado também teria argumentos para aderir à greve: a proposta é que trabalhe mais horas por menos dinheiro.
Mas estas não são as únicas razões que me levariam à greve. Há outras.
O retrocesso que as metas introduzem, o discurso passadista do ministro na defesa da memorização contra o aprender e o gostar de aprender - queremos alunos a debitar ou alunos a pensar? é mais confortável tê-los a debitar, eu sei, mas é com debitadores que se constrói uma sociedade democrática?
O querer uma escola inclusiva e para todos, educação cívica, educação artística, educação visual e tecnológica, educação física a contar para a média, um Plano Nacional de Leitura e uma Rede de Bibliotecas Escolares a funcionar condignamente, o querer uma escola com projectos, com clubes e ateliers. Em suma, lutaria por uma escola de qualidade com tudo e com todos.
Apesar de todas estas razões há uma só que me levaria a pensar na não adesão à greve: os alunos.
Se eu fosse professora tinha estado um ano inteiro a trabalhar com os meus alunos, a avaliá-los continuamente e agora não lhes dava as notas finais? Tinha estado um ano lectivo, um ciclo, a prepará-los para responder aos exames e negava-lhes a oportunidade de os fazerem? Falhava com eles e falhava comigo?
Uma greve que envolve estudantes não é o mesmo que uma greve de transportes. Se não houver metro, vou de carro ou trabalho a partir de casa.
Uma greve às avaliações e aos exames é dar razão a um ministro que diz que os professores estão a usar os alunos como escudos. É voltar a por a sociedade toda contra os professores, tal como aconteceu com a avaliação. É mostrar que, de facto, os professores só estão preocupados com as suas carreiras e mais nada, mesmo que digam que é a qualidade da escola pública e os alunos que os faz marcar greve, ninguém acredita porque os professores existem para ensinar, para avaliar, para examinar e para corrigir os exames. De quem? Dos estudantes. E se estão a fazer greve, estão a anular-se.
BW
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quarta-feira, 12 de junho de 2013
Média nacional negativa nas provas finais de ciclo de Português - 4.º ano
Algo vai mal. Vai muito mal...Ou melhor, algo continua mal:
média nacional negativa nas provas finais de ciclo da disciplina de Português - 4.º ano.
A notícia do Público sobre os resultados das provas finais de ciclo abre sublinhando que os resultados das provas finais de ciclo contrariam os das últimas provas de aferição: o ano passado a média foi 66,7%, este ano 48,7%.
Os colegas classificadores dizem que os critérios de classificação da prova da Matemática foram "flexibilizados" e que no caso do Português foram mais fechados. Alguns dizem mesmo que se tentou provar que a aplicação dos novos programas de Matemática (que, na verdade, já são velhos outra vez!) foi pertinente. Outros, no café, em jeito de desabafo, comentam que deste modo se vai justificar uma nova mexida nos programas de Português.
Enfim... Já aqui comentei a estrutura da prova que, embora respeitando os programas e competências esperadas no final de ciclo, começava por um texto de uma tipologia pouco trabalhada em sala de aula. Provavelmente o mau estado das condições do ensino do Português, juntamente com os critérios e a estrutura da prova terão contribuído para estes resultados que, naturalmente, nos devem entristecer.
média nacional negativa nas provas finais de ciclo da disciplina de Português - 4.º ano.
A notícia do Público sobre os resultados das provas finais de ciclo abre sublinhando que os resultados das provas finais de ciclo contrariam os das últimas provas de aferição: o ano passado a média foi 66,7%, este ano 48,7%.
Os colegas classificadores dizem que os critérios de classificação da prova da Matemática foram "flexibilizados" e que no caso do Português foram mais fechados. Alguns dizem mesmo que se tentou provar que a aplicação dos novos programas de Matemática (que, na verdade, já são velhos outra vez!) foi pertinente. Outros, no café, em jeito de desabafo, comentam que deste modo se vai justificar uma nova mexida nos programas de Português.
Enfim... Já aqui comentei a estrutura da prova que, embora respeitando os programas e competências esperadas no final de ciclo, começava por um texto de uma tipologia pouco trabalhada em sala de aula. Provavelmente o mau estado das condições do ensino do Português, juntamente com os critérios e a estrutura da prova terão contribuído para estes resultados que, naturalmente, nos devem entristecer.
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Olimpvs.net no Colégio Vasco da Gama
A visita ao Colégio Vasco da Gama, em Meleças, para apresentação da coleção Olimpvs.net, mostrou que, embora as sessões com os leitores resultem de forma mais interativa quando as turmas conhecem os livros, é sempre bom estar com os jovens!
Fomos muito bem acolhidas e as perguntas, ainda que tímidas, foram
variadas. As questões versaram essencialmente sobre o processo da escrita, o porquê da
escolha do tema da mitologia para dar corpo à coleção, lucros e recompensas das
autoras.
A maior recompensa é, sem dúvida, a de estar com os jovens,
motivá-los para a leitura, ajudá-los a desenvolver o sentido crítico,
aguçar-lhes o gosto pela escrita e consciencializá-los para a importância destas
competências, que são, como sabemos, transversais e cada vez mais importantes e
diferenciadoras no mundo e sociedade atuais.
As nossas respostas às suas perguntas foram muito espontâneas
e sinceras:
- Não, não estamos
ricas graças à coleção Olimpvs.net. Em Portugal, ninguém escreve para
enriquecer!
- O nosso gosto pela
escrita nasceu bem cedo, ainda no primeiro ciclo ou pré-escolar, com o gosto
pelos livros e pelas histórias (e só se aprende a escrever lendo e lendo
vários autores para desenvolver o sentido crítico e estabelecer padrões de
comparação).
- Não, também nunca
nos zangamos. Procuramos sempre consensos!
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terça-feira, 11 de junho de 2013
Mistérios matemáticos
O Museu dos Mistérios
Este livro foi um prenda de anos do J.
E está a fazer um grande sucesso!
Começa com a indicação de que há um mistério para resolver em pouco tempo, desde logo interessante. Depois, o livro não é para ser lido na ordem convencional!
Página a página, o leitor tem de tomar opções com base em raciocínios matemáticos e, conforme essas escolhas, tem de seguir pistas para novas páginas.
Viciante!
Parabéns à Editora Nacional por esta tradução.
Para além deste volume, existem mais três que partilham desta mesmas características: dependerem de raciocínios matemáticos para se poder avançar na solução de um mistério.
Ideal para jovens leitores dos 7 aos 10 anos.
Este livro foi um prenda de anos do J.
E está a fazer um grande sucesso!
Começa com a indicação de que há um mistério para resolver em pouco tempo, desde logo interessante. Depois, o livro não é para ser lido na ordem convencional!
Página a página, o leitor tem de tomar opções com base em raciocínios matemáticos e, conforme essas escolhas, tem de seguir pistas para novas páginas.
Viciante!
Parabéns à Editora Nacional por esta tradução.
Para além deste volume, existem mais três que partilham desta mesmas características: dependerem de raciocínios matemáticos para se poder avançar na solução de um mistério.
Ideal para jovens leitores dos 7 aos 10 anos.
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segunda-feira, 10 de junho de 2013
sábado, 8 de junho de 2013
Primeiro-ministro apela aos professores para que façam greve ao exame de Matemática do 6.º e 9.º anos
Há um Governo que anda perdido nos corredores do poder e que não percebe o que é o povo, o que é o país, o que é a Educação, o que é a Saúde, o que é a Segurança Social... não percebe nada!
Há um ministro das Finanças que culpa o tempo atmosférico, a chuva, pela queda do investimento e diz, com desfaçatez – por cima dos milhares de desempregados, por cima dos impostos a que sujeita os que ainda trabalham, por cima das contribuições a que tem sujeito os pensionistas – que aprende com os seus erros. Eu também aprendo com os meus erros, mas os meus prejudicam-me a mim, talvez à minha família ou às pessoas que me rodeiam e pouco mais. Os erros de Vítor Gaspar, são os erros que nos prejudicam a todos, um país inteiro. Mas, aparentemente o ministro dorme descansado e, já se sabe, vai passar a levar o Borda d'Água para o Parlamento, para os Conselhos de Ministros, para a Europa, para justificar os seus erros.
Há um primeiro-ministro que pede, encarecidamente, aos professores que façam greve! Sim, senhores professores façam greve, mas não façam agora... façam quando toda a função pública fizer, se faz favor!
Há um primeiro-ministro que não sabe – o ministro da Educação não o informou, está visto – que no dia 27, o dia da greve geral, é dia de exame de Matemática para os 6.º e 9.º anos. É o dia em que cerca de 200 mil alunos vão responder a exame nacional da disciplina mais querida do ministro da Educação. São só 200 mil!
Há um primeiro-ministro que não sabe que uma greve geral é a mãe de todas as greves, é a maior greve, é a forma de luta mais importante, mais significativa, que mais claramente transmite o que os trabalhadores exigem, que, caso seja mesmo geral, prejudica um país inteiro.
Ignorância? Incompetência? Autismo?
BW
Há um ministro das Finanças que culpa o tempo atmosférico, a chuva, pela queda do investimento e diz, com desfaçatez – por cima dos milhares de desempregados, por cima dos impostos a que sujeita os que ainda trabalham, por cima das contribuições a que tem sujeito os pensionistas – que aprende com os seus erros. Eu também aprendo com os meus erros, mas os meus prejudicam-me a mim, talvez à minha família ou às pessoas que me rodeiam e pouco mais. Os erros de Vítor Gaspar, são os erros que nos prejudicam a todos, um país inteiro. Mas, aparentemente o ministro dorme descansado e, já se sabe, vai passar a levar o Borda d'Água para o Parlamento, para os Conselhos de Ministros, para a Europa, para justificar os seus erros.
Há um primeiro-ministro que pede, encarecidamente, aos professores que façam greve! Sim, senhores professores façam greve, mas não façam agora... façam quando toda a função pública fizer, se faz favor!
Há um primeiro-ministro que não sabe – o ministro da Educação não o informou, está visto – que no dia 27, o dia da greve geral, é dia de exame de Matemática para os 6.º e 9.º anos. É o dia em que cerca de 200 mil alunos vão responder a exame nacional da disciplina mais querida do ministro da Educação. São só 200 mil!
Há um primeiro-ministro que não sabe que uma greve geral é a mãe de todas as greves, é a maior greve, é a forma de luta mais importante, mais significativa, que mais claramente transmite o que os trabalhadores exigem, que, caso seja mesmo geral, prejudica um país inteiro.
Ignorância? Incompetência? Autismo?
BW
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quinta-feira, 6 de junho de 2013
Exame nacional 2013
Os meus alunos do 12.º fazem apostas entre si sobre os autores que vão sair no exame.
Mostro-lhes o ranking que tenho vindo a construir ano após ano para provar que não há nenhuma lógica matemática por detrás da escolha dos autores e que o facto de ter saído Camões o ano passado não é garantia que este ano não saia.
Moral da história: estudar com rigor e afinco todos os autores!
Entretanto, também o Público realizou uma interessante infografia sobre os temas/perguntas a que acrescentou ainda a média nacional de cada exame.
Consulte-a aqui.
Mostro-lhes o ranking que tenho vindo a construir ano após ano para provar que não há nenhuma lógica matemática por detrás da escolha dos autores e que o facto de ter saído Camões o ano passado não é garantia que este ano não saia.
Moral da história: estudar com rigor e afinco todos os autores!
Entretanto, também o Público realizou uma interessante infografia sobre os temas/perguntas a que acrescentou ainda a média nacional de cada exame.
Consulte-a aqui.
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segunda-feira, 3 de junho de 2013
Exames nacionais no PÚBLICO
Este ano poderá ser uma época mais atribulada, mas os exames nacionais estão quase, quase a chegar.
O PÚBLICO preparou uma página online especial, a pensar nos alunos, professores e pais. Notícias, informação útil (o que comer, como estudar...), infografias, videos e exercícios para estudantes fazerem e praticarem até ao dia do exame. Os leitores podem ainda partilhar as suas histórias de exames.
Para já, fica aqui o link para o texto da jornalista Andreia Sanches que teve mais partilhas, durante estes dias!
BW
O PÚBLICO preparou uma página online especial, a pensar nos alunos, professores e pais. Notícias, informação útil (o que comer, como estudar...), infografias, videos e exercícios para estudantes fazerem e praticarem até ao dia do exame. Os leitores podem ainda partilhar as suas histórias de exames.
Para já, fica aqui o link para o texto da jornalista Andreia Sanches que teve mais partilhas, durante estes dias!
BW
domingo, 2 de junho de 2013
Olimpvs.net na Feira do Livro: o balanço
A colecção Olimpvs.net faz um ano, no próximo mês, data em que foram lançados os primeiros dois volumes, em Lisboa.
A série tem crescido em volume e em visibilidade junto dos leitores de Norte a Sul do país - é o que nos tem mostrado a ida às escolas para conversar com os alunos, de Bragança a Odemira (o mais longe onde fomos de Norte a Sul!).
Estar dois fins-de-semana na Feira do Livro veio confirmar que, a pouco e pouco, temos vindo a conquistar público e que o nosso público é muito diferente de outros que observámos. São rapazes e raparigas com uma cultura acima da média; alguns nem sequer gostam muito de ler, dizem os pais, mas devoram os nossos livros - "em dois dias!", confirmou um leitor, um pouco envergonhado, mas orgulhoso pelo feito. São rapazes e raparigas que querem mais do que a aventura, pela aventura - querem o conhecimento que vem associado.
É engraçado perceber que não são apenas os alunos das escolas por onde já passámos que nos lêem, mas que são de todas as escolas, públicas e privadas! "Olha este é aquele livro que o x apresentou na aula!", diz uma rapariga a outra. Os nossos livros são trabalhados em aula.
Ana Soares e Bárbara Wong |
A série tem crescido em volume e em visibilidade junto dos leitores de Norte a Sul do país - é o que nos tem mostrado a ida às escolas para conversar com os alunos, de Bragança a Odemira (o mais longe onde fomos de Norte a Sul!).
Estar dois fins-de-semana na Feira do Livro veio confirmar que, a pouco e pouco, temos vindo a conquistar público e que o nosso público é muito diferente de outros que observámos. São rapazes e raparigas com uma cultura acima da média; alguns nem sequer gostam muito de ler, dizem os pais, mas devoram os nossos livros - "em dois dias!", confirmou um leitor, um pouco envergonhado, mas orgulhoso pelo feito. São rapazes e raparigas que querem mais do que a aventura, pela aventura - querem o conhecimento que vem associado.
É engraçado perceber que não são apenas os alunos das escolas por onde já passámos que nos lêem, mas que são de todas as escolas, públicas e privadas! "Olha este é aquele livro que o x apresentou na aula!", diz uma rapariga a outra. Os nossos livros são trabalhados em aula.
É divertido acenar a rapazes e raparigas que passam porque me reconhecem da ida à escola! Há outros que perguntam, para confirmar, se ainda me lembro deles.
Há de tudo, os mais afoitos e decididos que sobem ao palanque e nos pedem um autógrafo; aos mais tímidos que são empurrados pelos pais e nos dizem, entredentes, que gostam muito ou que perguntam quando sai o próximo.
Há até adultos que os compram para si ("estranho", penso, enquanto penso numa dedicatória mais adequada a gente grande), mas que os vão emprestar aos mais pequenos!
Tenho pena dos que namoram os livros, mas são ignorados pelos pais, que passam sem conseguir ler os pensamentos dos filhos - como um menino que lê todas as contracapas, chama o pai, mostra-lhe a personagem com a qual se identifica e o pai segue, ignorando aquele pedido. Tenho pena dos que os folheiam e ouvem da mãe "tu não gostas disso, pois não?" e largam o livro com um rosto triste. Apetece ir atrás deles e dar-lhes o livro, mas não pode ser.
Não tivemos filas até aos Restauradores. Não tivemos filas. Mas tivemos muitos leitores interessados em conversar connosco, em dar-nos ânimo e força para continuarmos. Obrigada a todos!
BW
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