sábado, 30 de junho de 2012

As novas metas

Já são públicas as propostas de Metas Curriculares do Ensino Básico para as diferentes disciplinas. Estão todas disponíveis aqui, na página do Governo de Portugal. Pode consultar o documento referente à disciplina de Português neste link.

Pode ler-se na página do Ministério da Educação que "as metas que agora se apresentam serão uma referência da aprendizagem essencial a realizar pelos alunos em cada disciplina, por ano de escolaridade, sendo um documento normativo de utilização obrigatória a partir do ano letivo 2013/2014. As metas terão no próximo ano letivo carácter indicativo, mas são fortemente recomendadas." (sublinhados nossos).

Até dia 23, os contributos podem ser enviados para metas.curriculares@mec.gov.pt

Tenho de fazer uma leitura mais cuidadosa do documento e, sobretudo, uma leitura menos a quente, pois, numa primeira abordagem, são já vários os motivos para ter começado o fim de semana francamente irritada:
- ao contrário do que sucede nos programas, as novas metas são definidas por anos;
- ao contrário dos programas, fala-se, neste novo documento, em domínios e não em competências;
- ao contrário do preconizado pelo programa, a designação que substitui o "Funcionamento da Língua" é "Gramática" e não o "Conhecimento Explícito da Língua".

Não digo que estas propostas não seja adequadas ou interessantes. Até acho curioso assumir-se que deve haver uma área designada por "educação literária" ou que a expressão oral e compreensão do oral podem estar (novamente) reunidas na "Oralidade".
Digo sim, que não faz sentido termos um novo programa que só este ano entra em vigor em setembro no 6º e 8º anos (e só no próximo ano entra em vigor para o 9º!) e estar já com a sensação que o mesmo está caduco.
Morto antes de nascer por completo! (Se calhar estou a exagerar e está só moribundo. Vá lá, desculpem a minha irritação)

Imagino as mães e pais que querem acompanhar os seus filhos a navegar perdidos entre livros, manuais, gramáticas que não são coerentes.

Como cidadã, irrita-me profundamente perceber que os meus impostos têm servido para financiar estas experiências que não chegam a ser implementadas por completo, nem avaliadas, para dar lugar a novas equipas e projetos.

Como professora, então, nem imaginam!!!!

Como é possível que me tenham pedido para assumir que os programas iam passar a ser de ciclo para, agora, voltarmos a ter objetivos anuais? 
Passei a acreditar que, atendendo à diversidade da realidade das escolas, a proposta de ciclo serviria melhor os alunos.
Convenci outros disso.
E agora, as metas vêm destruir o trabalho de anualização que foi pedido às escolas e departamentos de Língua Portuguesa.
Vêm ainda tornar caducos e desatualizados os manuais (em vigor por 6 anos) que as famílias adquiriram o ano passado e os que vão comprar em setembro próximo, pois estes, sendo fiéis aos programas, falam em competências; conhecimento explícito da língua; atendendo à gestão intraciclo que foi permitida, podem não integrar determinado conteúdo no ano previsto e, além disso,  não apresentam todos os textos das listagens anexas ao documento das metas.

Não acredito ainda que os professores se  tenham de ter adaptado à Tlebs, Tlebs revista, Dicionário Terminológico. Deixaram, entretanto de poder falar em Funcionamento da Língua. Passaram a assumir que a designação "Conhecimento Explícito da Língua" servia melhor o propósito de reforçar a natureza desta área do saber linguístico.
E agora, esqueçam lá isso!!!
Afinal, "Gramática", como os nossos pais ou avós diziam, é que está bem!

Até pode estar, mas, por favor, quando vai ser dada às escolas e ensino da nossa língua estabilidade???
As escolas estão cansadas de tanta mudança, de tantos materiais divergentes na linguagem, dos alunos navegarem perdidos por gramáticas e manuais discordantes.
Choca ainda que as divergências nasçam nos próprios documentos normativos, emanados do ME: os programas e as metas.


Teolinda Gersão a propósito da Língua Portuguesa - II

A professora também anda aflita. Pelo vistos no ano passado ensinou coisas erradas, mas não foi culpa dela se agora mudaram tudo, embora a autora da gramática deste ano seja a mesma que fez a gramática do ano passado. Mas quem faz as gramáticas pode dizer ou desdizer o que quiser, quem chumba nos exames somos nós. É uma chatice. Ainda só estou no sétimo ano, sou bom aluno em tudo excepto em português, que odeio, vou ser cientista e astronauta, e tenho de gramar até ao 12º estas coisas que me recuso a aprender, porque as acho demasiado parvas. Por exemplo, o que acham de adjectivalização deverbal e deadjectival, pronomes com valor anafórico, catafórico ou deítico, classes e subclasses do modificador, signo linguístico, hiperonímia, hiponímia, holonímia, meronímia, modalidade epistémica, apreciativa e deôntica, discurso e interdiscurso, texto, cotexto, intertexto, hipotexto, metatatexto, prototexto, macroestruturas e microestruturas textuais, implicação e implicaturas conversacionais? Pois vou ter de decorar um dicionário inteirinho de palavrões assim. Palavrões por palavrões, eu sei dos bons, dos que ajudam a cuspir a raiva. Mas estes palavrões só são para esquecer. Dão um trabalhão e depois não servem para nada, é sempre a mesma tralha, para não dizer outra palavra (a começar por t, com 6 letras e a acabar em “ampa”, isso mesmo, claro.)

Mas eu estou farto. Farto até de dar erros, porque me põem na frente frases cheias deles, excepto uma, para eu escolher a que está certa. Mesmo sem querer, às vezes memorizo com os olhos o que está errado, por exemplo: haviam duas flores no jardim. Ou: a gente vamos à rua. Puseram-me erros desses na frente tantas vezes que já quase me parecem certos. Deve ser por isso que os ministros também os dizem na televisão. E também já não suporto respostas de cruzinhas, parece o totoloto. Embora às vezes até se acerte ao calhas. Livros não se lê nenhum, só nos dão notícias de jornais e reportagens, ou pedaços de novelas. Estou careca de saber o que é o lead, parem de nos chatear. Nascemos curiosos e inteligentes, mas conseguem pôr-nos a detestar ler, detestar livros, detestar tudo. As redacções também são sempre sobre temas chatos, com um certo formato e um número certo de palavras. Só agora é que estou a escrever o que me apetece, porque já sei que de qualquer maneira vou ter zero.

E pronto, que se lixe, acabei a redacção - agora parece que se escreve redação. O meu pai diz que é um disparate, e que o Brasil não tem culpa nenhuma, não nos quer impor a sua norma nem tem sentimentos de superioridade em relação a nós, só porque é grande e nós somos pequenos. A culpa é toda nossa, diz o meu pai, somos muito burros e julgamos que se escrevermos ação e redação nos tornamos logo do tamanho do Brasil, como se nos puséssemos em cima de sapatos altos. Mas, como os sapatos não são nossos nem nos servem, andamos por aí aos trambolhões, a entortar os pés e a manquejar. E é bem feita, para não sermos burros. 

E agora é mesmo o fim. Vou deitar a gramática na retrete, e quando a setôra me perguntar: Ó João, onde está a tua gramática? Respondo: Está nula e subentendida na retrete, setôra, enfiei-a no predicativo do sujeito.
João Abelhudo, 8º ano, turma C (c de c…r…o, setôra, sem ofensa para si, que até é simpática). "

Teolinda Gersão, junho, 2012

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Teolinda Gersão a propósito da Língua Portuguesa

Um texto muito divertido da escritora Teolinda Gersão, publicado pelo Público no dia 18 de Junho

Tempo de exames no secundário, os meus netos pedem-me ajuda para estudar português. Divertimo-nos imenso, confesso. E eu acabei por escrever a redacção que eles gostariam de escrever. As palavras são minhas, mas as ideias são todas deles.

Aqui ficam, e espero que vocês também se divirtam. E depois de rirmos espero que nós, adultos, façamos alguma coisa para libertar as crianças disto.

11-06-2012
Redacção – Declaração de Amor à Língua Portuguesa

Vou chumbar a Língua Portuguesa, quase toda a turma vai chumbar, mas a gente está tão farta que já nem se importa. As aulas de português são um massacre. A professora? Coitada, até é simpática, o que a mandam ensinar é que não se aguenta. Por exemplo, isto: No ano passado, quando se dizia “ele está em casa”, ”em casa” era o complemento circunstancial de lugar. Agora é o predicativo do sujeito.”O Quim está na retrete” : “na retrete” é o predicativo do sujeito, tal e qual como se disséssemos “ela é bonita”. Bonita é uma característica dela, mas “na retrete” é característica dele? Meu Deus, a setôra também acha que não, mas passou a predicativo do sujeito, e agora o Quim que se dane, com a retrete colada ao rabo.

No ano passado havia complementos circunstanciais de tempo, modo, lugar etc., conforme se precisava. Mas agora desapareceram e só há o desgraçado de um “complemento oblíquo”. Julgávamos que era o simplex a funcionar: Pronto, é tudo “complemento oblíquo”, já está. Simples, não é? Mas qual, não há simplex nenhum, o que há é um complicómetro a complicar tudo de uma ponta a outra: há por exemplo verbos transitivos directos e indirectos, ou directos e indirectos ao mesmo tempo, há verbos de estado e verbos de evento, e os verbos de evento podem ser instantâneos ou prolongados, almoçar por exemplo é um verbo de evento prolongado (um bom almoço deve ter aperitivos, vários pratos e muitas sobremesas). E há verbos epistémicos, perceptivos, psicológicos e outros, há o tema e o rema, e deve haver coerência e relevância do tema com o rema; há o determinante e o modificador, o determinante possessivo pode ocorrer no modificador apositivo e as locuções coordenativas podem ocorrer em locuções contínuas correlativas. Estão a ver? E isto é só o princípio. Se eu disser: Algumas árvores secaram, ”algumas” é um quantificativo existencial, e a progressão temática de um texto pode ocorrer pela conversão do rema em tema do enunciado seguinte e assim sucessivamente.

No ano passado se disséssemos “O Zé não foi ao Porto”, era uma frase declarativa negativa. Agora a predicação apresenta um elemento de polaridade, e o enunciado é de polaridade negativa.
No ano passado, se disséssemos “A rapariga entrou em casa. Abriu a janela”, o sujeito de “abriu a janela” era ela, subentendido. Agora o sujeito é nulo. Porquê, se sabemos que continua a ser ela? Que aconteceu à pobre da rapariga? Evaporou-se no espaço? 

Educação Física no secundário

Para ver

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Um livro para ti

Um Livro para Ti é o primeiro livro em que textos, concepção e ilustrações são integralmente da autoria de Rita Correia.

Vale a pena espreitar e, no próximo dia 1, visitar o evento Barrigas de Amor no Parque dos Poetas, em Oeiras, onde a autora vai realizar uma hora do conto.

O recreio

Estamos convencidos de que estão mais seguros em casa, que as ruas da cidade não são como eram no nosso tempo, que andar de transportes públicos lhes faz mal (não sei bem a quê, mas deve ser à sua própria segurança), que estão sempre melhor acompanhados (de preferência por nós, pelos nossos pais, por alguém a quem pagamos). Sabemos aquelas histórias horríveis que acontecem aos meninos que andam sozinhos ou mal acompanhados e contamo-las para justificarmos os nossos medos. E eles crescem à frente de écrans. Sem saberem atravessar uma rua sozinhos, tirarem um bilhete no metro, entrarem no autocarro, sem saberem estar com os outros...
BW

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Academia de Verão - Oficina de Teatro Clássico

Anfiteatro I da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

           De 2 a 13 de Julho de 2012 vai realizar-se uma oficina de teatro clássico dirigida a jovens dos 13 aos 16 anos.

            Esta oficina de teatro clássico irá abranger as áreas artísticas da representação e da dança que serão desenvolvidas através de actividades práticas tais como: exercícios de improvisação e jogos de composição; movimento criativo e técnicas de dança; voz e dicção; desenvolvimento da linguagem verbal a partir do texto dramático e representação de algumas cenas da peça. A Academia de Verão será dirigida pela encenadora Silvina Pereira, Vicente Trindade na Dança Renascentista, Júlio Martín na Voz e Dicção e Ana Sofia Santos na Expressão dramática.

           A Oficina culmina com uma apresentação pública, no dia 13 de Julho, pelas 19horas, no Anfiteatro I da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.


Horário: 2.ª a 6.ª-feira das 10 às 13 horas e das 14 às 17horas.
            Almoço:  incluído no custo da incrição
            Custo: 200€
Incrições: Centro de Estudos Clássicos da Universidade de Lisboa -www.fl.ul.pt/cec / centro.classicos@fl.ul.pt / telefone: (351) 217 920 005

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Exame Matemática A 12.º ano 2012

Há lágrimas e rostos apreensivos a sair do exame...

Exame de Matemática 9.º ano 2012

Foi fácil ou difícil?
Ouvi dizer que, comparativamente ao Teste Intermédio, foi fácil. Foi?
As correcções já podem ser vistas aqui.
BW

terça-feira, 19 de junho de 2012

Critérios de correcção Exame de Língua Portuguesa 6.º ano 2012

Hoje é a estreia dos alunos do 6.º ano nos exames. Até ao ano lectivo passado fizeram provas de aferição, a partir de agora há exames que vão contar 25% para a nota mas, no próximo ano, contarão 30%.
A correcção estará aqui.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Correção do Exame Nacional de Português do 12.º ano 2012

O exame de Português do 12.º ano já terminou há umas horinhas. Os critérios de correção estarão disponíveis no Gave, mas também podem ir espreitando aqui.

Entretanto, disponibilizamos as soluções do Grupo II:

     Versão 1                      Versão 2

1.1. C                                       D
1.2. B                                       A
1.3. D                                       C
1.4. A                                       B
1.5. C                                       B

1.6. A                                       C

1.7. B                                       D

2.1. Oração subordinada substantiva completiva.

2.2. Predicativo do sujeito.

2.3. «(d)a versão em castelhano».

Resultados exame nacional Língua Portuguesa 9.º ano 2012

Quando houver novidades, elas vão estar aqui. A Associação de Professores de Português já fez a correcção.

domingo, 17 de junho de 2012

Tu cantaste!

Por favor!

 

D. Albino Cleto, um homem feliz

Foi há 20 anos (ou mais?) que os jovens da diocese de Lisboa se meteram a caminho de Roma. Uma peregrinação que marcou muitos, mas não tantos quanto a ida à Polónia para estar num encontro com João Paulo II, uns quatro anos antes.
Estaríamos em Assis ou Florença, não sei, à porta de uma igreja, para entrarmos. Uma de nós não podia porque trazia uns calções vestidos. As igrejas italianas não permitem decotes, mangas à cava, calções ou mini-saias. À porta da igreja, com um pano brasileiro a cobrir-me, eu despia as calças para a rapariga dos calções vestir, de maneira a entrar na igreja. Ao meu lado, ela estava coberta por uma toalha, a despir os calções, de maneira a trocarmos.
Uma freira que acompanhava o grupo critica-nos. Não sabiamos que era assim? O que é que nos faz vestir daquela maneira? Porque é que não respeitamos os locais de culto? Mais: porque é que não nos respeitamos a nós próprias e ao nosso corpo? Porque nos vestimos assim? Porque nos expomos?
Somos quatro ou cinco, umas a segurar os panos, outras a despirem-se, de mochilas às costas, a ouvir aquela condenação de uma rapariga que tem mais dois ou três anos do que nós, mas é diferente, é consagrada, logo, com uma moral acima da nossa, acredita.
Atrapalhada com as calças a meio das pernas, olho para ela com a sua saia azul, a t-shirt branca e o fio de prata com a cruz da congregação a que pertence pendurada e não resisto: O que a faz falar com aquele fel na voz? Não está bem com a sua sexualidade? O problema da Igreja é que nunca nenhum dos consagrados está bem com a sua sexualidade!
A voz da jovem freira altera-se, ofendida com as minhas palavras, que péssima cristã sou eu!, acusa-me. Nisto aparece D. Albino Cleto, que acompanhava a peregrinação, pequenino, com um sorriso largo e olhar curioso. O que fazemos ali?, pergunta.
Algumas riem, outras coram, eu explico. Ele ri-se com vontade. Olha para a rapariga dos calções e diz-lhe que entre, entre no santuário que vale a pena e descreve algumas das obras que poderá ver lá dentro. Explica-nos que por vezes as regras parecem exageradas mas que fazem falta porque senão as pessoas entram como querem. "Boa sorte" acena-nos.
Não resisto a olhar para a jovem freira. "Vê? Afinal há alguns consagrados de bem com a sua sexualidade. Ainda tem muito a aprender. Aprenda com eles." Nunca mais me falou, nem na peregrinação, nem depois disso, apesar de nos encontrarmos com frequência nos mesmos grupos de trabalho. Também não aprendeu o significado do perdão, do dar a outra face.
De D. Albino Cleto ficou-me a melhor recordação, a de um homem feliz, que nos cumprimentava sempre e conversava. Gostava de conversar e de sorrir. Morreu sexta-feira.
BW

sábado, 16 de junho de 2012

Bom fim-de-semana!

Lembra Verão, namoros de adolescência, cai-cais, saias com folhos, areia e calippos! Quando é que o tempo fica bom? Eu quero ir à praia!

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Educação Física: é ou não importante?

"A Educação Física vai deixar de contar para a média dos alunos do secundário, a partir do próximo ano. Só conta..."
Fui interrompida por um adolescente que vai para o 10.º ano: "Este ministro quer que os alunos sejam todos iguais a ele. Ele é o cúmulo da perfeição! Quer que sejamos todos matemáticos! Um país de matemáticos, mas todos obesos porque hoje não se come o que o ministro comia quando tinha a nossa idade..."
"Só conta para a média de quem quer seguir essa área", termino quando ele se cala.
"Está mal! Está mal porque devia contar para todos. Então o ministro não gosta tanto do modelo americano? Nos EUA todos fazem exercício! Como é que temos bons desportistas se não houver investimento desde o pré-escolar?", continua o rapaz furioso.
"Estás a confundir várias coisas mas, no fundo, tens razão", concluo.
Ouço alguém dizer que tem de saber matemática mas não tem de saber as regras de basquetebol. Mas, se assim for, também não tem de saber quem foi Junot, como se forma a chuva, o que é um país em vias de desenvolvimento... E só estudamos o que realmente nos interessa, nada mais? Só prestamos provas às disciplinas consideradas nobres? Vamos regressar ao secundário das três cadeiras e a borga total (o meu secundário, o secundário de tantos dos actuais professores)?
A educação física, a musical, a visual e tecnológica são todas importantes, sobretudo para quem não tem oportunidades de as aprender fora da escola.
BW
PS: Uma coisinha de que me lembrei agora, às 19h53. A ideia de a nota contar só para os que querem é benéfico para esses alunos. Imaginemos dois estudantes que querem fazer o mesmo curso superior, ambos com média geral de 16 (a todas as disciplinas, excepto EF), mas o que pediu para EF contar tem 18 a essa cadeira, ficará à frente do outro colega. Parece-me bem! Será que o ministério pensou nisto quando criou esta regra?
Ou pensou que os alunos que escolhem EF são todos aqueles que não têm jeito para mais nada, senão para o desporto? É que se a ideia é essa, é de quem ainda não viu as notas de admissão à Faculdade de Motricidade Humana, entre as mais altas nas universidades portuguesas.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Fundação José Saramago

A partir de hoje, já é possível visitar a Casa dos Bicos naquela que é a sua nova roupagem: Fundação José Saramago.

Das 10h às 18h durante os dias de semana, das 10h às 14hh ao sábado.

Durante o mês de junho, a entrada é gratuita.

Teste Intermédio de Matemática 9.: razia confirmada

Aconteceu o que alunos e professores diziam: o intermédio de matemática do nono ano foi mesmo uma razia. Média de 31,1%. O que é que este ministro quer confirmar? Que o ensino foi facilitista até agora? Que os alunos estão mal preparados? Que falta formação aos professores? Que os professores não sabem ensinar os novos programas? BW

terça-feira, 12 de junho de 2012

Médias baixaram nas provas de aferição

Foi o último ano de provas de aferição e as médias baixaram comparativamente ao último ano de Isabel Alçada. Para o ano há exames para os alunos do 4.º ano.

Viva o Santo António

Viva o Santo António, viva o São João,
viva o dez de Junho e a restauração.
Viva até São Bento se nos arranjar
muitos feriados para festejar.

Quem não se lembra deste clássico do Carlos Paião!



segunda-feira, 11 de junho de 2012

Recados dos melhores alunos

Eles chegaram ao final do ano e tiveram 20 valores. Agora, a convite do PÚBLICO, partilham os seus segredos. São só raparigas, é um facto, aconteceu, não foi intencional. Em dois casos só havia mesmo um único aluno no país com média final de 20 – a Português e a História. Nos outros talvez existissem rapazes, mas aconteceu seleccionarmos só raparigas.
BW

terça-feira, 5 de junho de 2012

Ainda as matrizes...

O documento das matrizes surge hoje atualizado com blocos de 45 minutos (e não totais mínimos de minutos).

Fico com a seguinte dúvida: os tempos mínimos foram calculados em blocos de 45 minutos, mas as escolas podem ter de fazer "ajustes de compensação entre semanas"? Podemos ter semanas com mais aulas? Os horários deixam de ser fixos? Por outro lado, o documento agora atualizado reforça que não podem ser aplicados, em simultâneo, os tempos mínimos em todas as disciplinas.

Sugiro nova leitura, cuidadosa, do documento disponível aqui.


A lembrar o Dia Mundial do Ambiente

Porque  é possível fazer melhor...

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Alunos PIEF em Paris

Esta história é muito boa!
Quando vou falar a algum lado, os professores perguntam-me sempre porque é que não escrevemos sobre histórias felizes, sobre as coisas boas que se passam na escola. Ora cá está uma história boa, uma boa prática, uma prova que todos os meninos merecem ir à escola e merecem que a escola faça TODOS os esforços para os integrar!
Revolta-me a ideia do Governo fazer umas alteraçõezinhas às leis para que os meninos de 16 anos possam trabalhar e cumprir a escolaridade obrigatória, como se isso fosse possível! Como se eles conseguissem trabalhar aos 16 e continuar a estudar. O retrocesso é imenso e sofrerão os que têm menos.
B

Castiguem-se os pais!

O que eu gostaria de ter escrito sobre os castigos aos pais. Não sei se é humilhando pais e encarregados de educação, se é retirando apoios, se é mandando os meninos ir trabalhar aos 16 anos e estudar ao mesmo tempo que pais e alunos se sentirão mais comprometidos com a escola. Seguramente que os educadores se sentem mais valorizados. E comprometidos?
BW