Já temos mais notícias sobre a proposta de nova reforma curricular (para discutir até dia 31 de janeiro):
Em síntese,e de acordo com a mesma,
- acaba a formação cívica em todos os ciclos;
- no 2º ciclo passa a existir uma oferta de apoio ao estudo diário, continuando este a ser facultativo;
- o inglês passa a ser uma disciplina obrigatória no 2º e 3º ciclos (no 3º ciclo mantém-se a L2);
- a disciplina de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) passa a ser lecionada no 2º ciclo;
- a disciplina de Educação Visual e Tecnológica vai ser reduzida de seis tempos letivos para quatro, dividida em educação visual e educação tecnológica, cada uma com hora e meia semanal, sendo que os tempos da educação tecnológica serão para dividir com as TIC, assumindo estas duas últimas um carácter semestral. A educação visual será uma disciplina anual;
- no 12º ano, os alunos passam a escolher apenas uma disciplina de opção, pelo que terão 4 disciplinas (em lugar das atuais 5).
Prevê-se ainda a possibilidade de se criar uma nova disciplina de programação informática no secundário.
Pode ler a notícia do Público aqui.
O documento original, do ME, está aqui.
À primeira leitura parece-me bem. O que de bom existiria no Estudo Acompanhado pode ser transferido para esse apoio diário ao estudo (que muitas escolas já oferecem) mas em regime optativo e extra-horário; os trabalhos que até ao ano passado se realizavam em´Área Projecto podem ser feitos nas aulas "normais" de História, Ciências, etc. A Formação Cívica é, obviamente, transversal.
ResponderEliminarTambém me parece bem a (ligeira) redução de carga horária lectiva.
Na minha opinião os próprios programas deveriam ser encurtados (os de História e Ciências do 2º ciclo, por exemplo, parecem-me excessivos; o de Estudo do Meio do 1º ciclo é uma salganhada de lugares comuns misturada com um aprofundamento também exagerado de certos temas - corpo humano, nomeadamente, depois repetido daí a dois anos, no 2º ciclo...). Haveria mais tempo para aprofundar e para explorar, em trabalhos variados realizados pelos alunos, poucos mas "bons" temas.
Apenas lamento o encurtamento da Educação Visual em favor da Educação Tecnológica. O meu filho mais velho, neste momento no 6º ano, nunca deu nada de ET mas tem realizado experiências e trabalhos muito interessantes em EV, graças ao tempo de que dispõem e do par lectivo. Não sei o que se pretende com a ET, mas as TIC, bom, também são "competências" transversais a todas as disciplinas e que qualquer miúdo de 10 anos em diante apreende, aprende (e ensina aos adultos) num ápice... Já a ideia de programação me parece interessante - e podia começar mais cedo.
Enfim, globalmente um "acerto" justo, mas ainda àquem do que, na minha perspectiva, se poderia fazer no básico... (do secundário só tenho a minha experiência de há mais de 20 anos ;)
Marta, Lisboa